Ex-aluno da UFRGS condenado por racismo é preso em Porto Alegre (RS)

Homem era investigado por enviar mensagens com conteúdos racistas em 2021

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Redação producaodiario@svm.com.br
Antiga construção com arquitetura clássica, mostrando detalhes de colunas e arcadas, rodeada por árvores verdes, ideal para amantes da arquitetura histórica.
Legenda: Sob o suspeito está uma condenação de 2 anos e 9 meses
Foto: Divulgação/UFRGS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, na segunda-feira (31), o ex-estudante de filosofia Álvaro Hauschild, de 32 anos. Ele estudava na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas foi desligado em 2022 por cometer atos racistas.

Segundo o g1, o suspeito foi preso em um hotel no Centro de Porto Alegre. O mandado de prisão contra ele foi expedido no dia 17 de março, pela 2ª Vara de Execuções Criminais da capital. Sob Hauschild, está uma condenação de 2 anos e 9 meses em regime aberto pelo crime de racismo.

Antes da prisão, porém, ele teria proferido insultos misóginos em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, no último sábado (29). Um boletim de ocorrência foi feito contra ele neste dia na Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI).

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Entenda o caso

Em 2021, Álvaro Hauschild enviou mensagens racistas para a namorada de um colega de faculdade, que é negro. Na época, um abaixo assinado foi feito por coletivos acadêmicos, que pediam a expulsão de Hauschild.

Em depoimento à Polícia Civil, ele negou que cometeu crimes, mas assumiu a autoria das mensagens. Durante as investigações, foram descobertos outros materiais escritos por Hauschild que, por exemplo, questionavam a existência do Holocausto, o assassinato de cerca de 6 milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial.

Um ano depois, a URFGS desligou o investigado da instituição, citando o artigo 10, inciso V, do Código Disciplinar Discente, que dispõe sobre infrações disciplinares estudantis gravíssimas: "praticar, induzir ou incitar, por qualquer meio, a discriminação ou preconceito de gênero, raça, cor, etnia, religião, orientação sexual ou procedência".

Ainda conforme o portal da TV Globo, a DPCI informou que o suspeito tem outros antecedentes, como os crimes de injúria, perseguição e falsa comunicação de crime.

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