Anvisa aprova uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos não imunossuprimidos

O pedido original do Butantan incluía ainda o público com idades entre 3 e 5 anos, além de pessoas imunossuprimidas, o que não foi aprovado

Escrito por Carol Melo , carolina.melo@svm.com.br
Frascos de CoronaVac
Legenda: O imunizante já é utilizado no Chile em crianças a partir dos 3 anos e em adolescentes até 17 anos
Foto: divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou unanimemente, nesta quinta-feira (20), o uso da CoronaVac em crianças a partir dos 6 anos a adolescentes de 17 anos, que não sejam imunossuprimidos. A decisão determina que o imunizante seja administrado em duas doses, com intervalo de 28 dias entres elas. 

O pedido original do Instituto Butantan incluía ainda o público infantil com idades entre 3 e 5 anos, além de pessoas imunossuprimidas.

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A determinação foi tomada pela diretoria colegiada do órgão, composta por cinco membros. Na reunião pública, realizada por videoconferência e transmitida nas redes sociais, todos os integrantes, incluindo o diretor-presidente Antônio Barra Torres, acompanharam o voto da diretora relatora, Meiruze Sousa.

Na ocasião, os dirigentes destacaram que a relação risco-benefício da CoronaVac demonstra que os efeitos positivos da vacina superam os ricos do uso em crianças e em adolescentes. Outro ponto levantado pelos membros da Anvisa, foi a inexistência de medicamentos para o tratamento da doença nas faixas etárias abaixo dos 12 anos. 

Butantan forneceu novas informações

Em agosto do ano passado, o órgão regulatório negou o primeiro pedido de ampliação do uso emergencial do imunizante ao público da faixa etária. Na época, os diretores pontuaram que não haver dados suficientes sobre a eficácia da aplicação do fármaco nesse grupo.

No entanto, em janeiro deste ano, a Anvisa apreciou a segunda solicitação realizada pelo Butantan sobre o assunto, a partir de novas informações enviadas pela instituição. Na semana passada, técnicos da agência se reuniram com infectologistas e pesquisadores no Chile, onde o imunizante já é aplicado em crianças, conforme informações do portal Uol

Inclusão no plano de vacinação infantil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou, na terça-feira (18), que, caso fosse aprovada pela Anvisa, a CoronaVac seria incluída no plano nacional de imunização

Antes da decisão desta quinta-feira da agência, apenas a vacina infantil produzida pela Pfizer estava autorizada para ser usada em crianças e adolescentes.

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