Amigos de Britt Blom desaparecida há duas semanas apelam por notícias sobre paradeiro da holandesa
Britt sumiu no dia 10 de dezembro. Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investigam o caso
Amigos da holandesa Britt Blom, desaparecida desde o dia 10 de dezembro, apelam por notícias em meio às investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. A estrangeira de 36 anos nasceu em Amsterdã, mas há 14 vivia no Brasil, de acordo com O Globo.
Blom foi vista pela última vez ao sair de casa, na cidade de São João do Meriti (RJ) e, segundo o jornal holandês De Telegraaf, há suspeita de que o desaparecimento tenha ligação com um possível envolvimento dela com traficantes.
A amiga de infância de Blom, a também holandesa Michelle Ruisseau, realizou uma campanha nas redes sociais para conseguir mais informações. "Por favor, compartilhem e ajudem a achar esta mulher especial que construiu a sua vida há mais de 10 anos no Brasil", escreveu, juntamente com algumas histórias ao lado da amiga.
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As duas estudaram juntas e Michelle chegou a visitá-la em 2017, no Rio de Janeiro. Blom serviu como guia da amiga, levando Michelle e o namorado dela para conhecer Copacabana e praticar stand-up.
"Eu só tenho boas lembranças. Ela é muito divertida, personalidade forte. Nos conhecemos desde a escola, estudamos juntas dos 8 aos 12 anos na época. Espero que ela esteja bem. Ela é uma garota especial e não merece isso".
DESAPARECIMENTO
Ao site, amigos de Britt Blom informaram que a mulher saiu de casa para resolver assuntos profissionais e avisou, por mensagem, que a saída seria uma “coisa rápida”.
Investigando o caso, agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dela, na última quinta-feira (22). Durante a operação, os profissionais apreenderam documentos pessoais e materiais eletrônicos, que serão encaminhados para perícia.
Além da ação, outro grupo de policiais trabalha na reconstituição dos passos que teriam sido feitos pela holandesa no dia de seu desaparecimento.
A estrangeira trabalha como tradutora de textos e complementa a renda alugando imóveis que possui na capital paulista.
ACIDENTE
A estrangeira foi sentenciada a dois anos e oito meses em regime semiaberto pela morte de Cláudio Theodoro da Silva, vítima de um acidente de trânsito no ano de 2011, em São Paulo.
Na noite da tragédia, Blom estava voltando de um baile quando se chocou fortemente contra a traseira da moto pilotada por Cláudio, que morreu no local do acidente. À polícia, a holandesa admitiu estar embriagada e argumentou não ter visto a moto, alegando que ela teria aparecido abruptamente na via em que trafegava.
Morando no estado paulista na época do acidente, a estrangeira mudou-se para o Rio de Janeiro no transcorrer do processo, deixando uma filha em São Paulo, sob os cuidados do pai. Em território carioca, Blom morou primeiramente em Copacabana, mas mudou-se para São João do Meriti, na Baixada Fluminense.
A sentença final saiu em 2017, mas não pôde ser notificada à holandesa: de acordo com a Justiça, o oficial encarregado de entregar o documento não pôde realizar a tarefa, pois o endereço de Blom está situado em um local de alta periculosidade.