Adolescente tortura gato com fogo em transmissão ao vivo no Discord e provoca incêndio em casa
Ação foi incentivada por usuários que assistiam às imagens em tempo real através do aplicativo de troca de mensagens
Uma adolescente de 13 anos provocou um incêndio na própria casa ao torturar um gato na Grande São Paulo. O crime foi transmitido ao vivo na plataforma de troca de mensagens Discord, onde outros usuários incentivaram a infratora. O caso aconteceu em setembro de 2022 e foi divulgado nesta semana pelo Fantástico.
Na ocasião, a garota, que usava uma máscara de caveira, tentou sufocar o felino da vizinhança, e colocar uma faca dentro dele. O episódio foi denunciado à veterinária Daniela Souza, que atua pela defesa dos direitos dos animais.
“Ela colocou fogo num pedaço de papel e ateou fogo no gatinho”, descreveu a profissional ao programa.
Veja também
O bicho em chamas espalhou o fogo pelo imóvel, que incendiou. A própria adolescente registrou o momento em que uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local para atender a ocorrência. "Botei fogo na casa. Foi 'daora'", escreveu na publicação.
Já vi muita violência contra animais, mas esse [caso] realmente foi o que mais me chocou. Com pessoas assistindo, incentivando. Eles estavam gostando e falando para ela fazer", detalhou a veterinária.
A comunidade onde a tortura foi transmitida possui cerca de 16 mil membros no Discord.
Veja também
No aplicativo, usuários podem se comunicar em transmissões ao vivo e, ao menos que alguém grave, fora da plataforma, nada fica registrado. Fotos e vídeos de pessoas se automutilando, torturando animais e cometendo crimes são alguns dos conteúdos veiculando pelos internautas no dispositivo.
Nos Estados Unidos, o Discord vem sendo questionado na Justiça, onde é alvo de um processo, com outros apps, de autoria da família de uma menina de 11 anos que foi vítima de exploração sexual nas redes sociais e tentou se suicidar.
Ao Fantástico, a plataforma declarou estar colaborando ativamente pela aplicação da lei brasileira e da norte-americana enquanto trabalha para o objetivo "comum de prevenir danos".