Ucrânia lança ataque em massa de drones contra a Rússia e destrói mais de 40 aviões

A chamada Operação Teia de Aranha foi a de maior alcance já lançada pela Ucrânia

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Fotos dos Drones usados pela Ucrânia para atacar a Rússia
Legenda: Segundo as forças ucranianas, foram usados cerca de 17 drones no ataque
Foto: AFP PHOTO / SECURITY SERVICE OF UKRAINE

A Ucrânia informou neste domingo (1º) que fez um ataque "em larga escala" contra a aviação russa, com impactos até a Sibéria. Conforme os relatórios, a operação causou danos estimados em US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 40 bilhões, na cotação atual).

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os ataques foram a operação de maior alcance lançada por seu país em território russo, e que foram usados na ofensiva 17 drones.  A ofensiva foi chamada de “Operação Teia de Aranha”. 

“Trata-se de nossa operação de maior alcance”, afirmou o presidente, detalhando que os agentes envolvidos na preparação do ataque conseguiram sair “a tempo" do território russo.

O Ministério da Defesa russo informou que várias de suas aeronaves militares "se incendiaram" após o ataque com drones ucranianos e disse que vários suspeitos foram detidos.

As autoridades russas também reportaram, neste domingo, que duas pontes em regiões fronteiriças com a Ucrânia desabaram e qualificaram os incidentes como "atos de terrorismo", sem acusar Kiev diretamente.

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Caças russos destruídos 

Os serviços ucranianos reivindicaram que a operação em "larga escala" afetou 41 caças russos usados para bombardear cidades ucranianas. Kiev anunciou que 12 soldados ucranianos morreram em um desses ataques contra um campo de treinamento, o que levou o comandante de suas forças terrestres, Mikhail Drapati, a se demitir.

Sobre a reunião bilateral de segunda-feira em Istambul, Zelensky havia dito mais cedo que uma delegação de seu país, liderada por seu ministro da Defesa, Rustem Umerov, estará na cidade turca para participar dos diálogos com os russos.

A Turquia sediará a reunião, propiciada pela pressão do presidente americano, Donald Trump, para alcançar um acordo que ponha fim à guerra, iniciada há mais de três anos.

Zelensky, que tinha expressado anteriormente seu ceticismo em relação à seriedade da parte russa sobre a reunião de segunda-feira, disse ter definido a posição da delegação ucraniana no encontro.

As prioridades são obter "um cessar-fogo completo e incondicional", assim como o "retorno dos prisioneiros" e das crianças que Kiev acusa Moscou de ter sequestrado, escreveu nas redes sociais.

Moscou disse ter suas próprias condições para a paz, mas se negou a divulgá-las de antemão. O presidente russo, Vladimir Putin, descartou a proposta turca de realizar a reunião entre chefes de Estado.

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