Quantos votos Leão XIV recebeu para se tornar papa? Saiba bastidores do conclave

Pontífice precisava de dois terços dos votos de 89 dos 133 cardeais participantes

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:16)
Na imagem, papa Leão XIV durante anúncio do novo pontificado
Legenda: Cardeal amigo de Leão XIV afirmou que, durante a votação final do conclave, futuro papa estava tenso e respirando fundo
Foto: Vatican News

A escolha do novo representante máximo da Igreja Católica voltou os olhos do mundo para o Vaticano e o conclave na última semana. Mesmo diante de tantas informações já veiculadas, muitos dados de bastidores surgem com o passar dos dias. 

Um deles diz respeito ao número de votos que Robert Francis Prevost recebeu para se tornar Leão XIV. O cardeal de Madagascar, Désiré Tsarahazana, contou à agência Reuters que Prevost recebeu mais de 100 votos na votação final da tarde de 8 de maio, quando foi eleito e anunciado papa. As informações são do g1.

Para entender o processo de votação, é importante destacar que um novo pontífice só é eleito se for contemplado com dois terços dos votos de 89 dos 133 cardeais participantes do conclave.

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Passado esse momento, Leão XIV foi anunciado e iniciou os trabalhos. No último sábado (10), por exemplo, participou de reunião com os cardeais, embora em um formato diferente daquele usado pelos papas anteriores.

Normalmente, eles faziam um discurso e esperavam que os clérigos apenas ouvissem. Desta vez, o pontífice fez um discurso preparado e depois abriu a palavra para qualquer cardeal que quisesse fazer um comentário – permitindo que os clérigos expressassem as próprias opiniões e preocupações sobre as principais questões enfrentadas pela Igreja global.

Leão XIV estava nervoso no conclave

Outro dado curioso de bastidor diz respeito ao comportamento do papa eleito durante o conclave. O filipino Luiz Antonio Tagle, um dos favoritos ao posto, estava sentado ao lado dele e revelou que o viu desorientado, perguntando sobre como se comportar e negociar acordos e estratégias. 

Afirmou também que, durante a votação final, o futuro papa estava tenso e respirando fundo. "Ofereci a ele uma bala, sempre carrego comigo. Foi meu primeiro ato de caridade para com o novo papa", brincou Tagle. As informações são de matéria do Jornal Nacional.

Estrategicamente falando, os votos americanos foram importantes para a eleição do papa de Chicago. O arcebispo de Nova York, Timoth Dollan, amigo de Donald Trump, teria convencido os conservadores do próprio grupo a votar por Prevost.

Votos dos que eram eleitores do húngaro Peter Erdo, candidato preferido dos tradicionalistas, também foram para Leão, talvez esperando que o novo papa conduza um pontificado do ponto de vista da doutrina, menos parecido com Francisco e mais na linha de Bento XVI.

Primeiros compromissos

Leão XIV fez neste sábado (10) a primeira viagem fora do Vaticano. O lugar escolhido foi um santuário a uma hora de Roma, onde os agostinianos estão presentes desde o ano de 1200. 

Ele conversou com moradores da pequena cidade de Genazzano e saudou os jovens com alegria e jovialidade.

Leão XIV quis começar o pontificado rezando para Nossa Senhora do Bom Conselho. Depois visitou a basílica romana de Santa Maria Maggiore. No túmulo de Francisco, dedicou orações para o antigo papa e amigo fraterno.

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