Morte de Charlie Kirk: veja o que se sabe sobre atentado contra aliado de Trump

Um suspeito do crime foi detido, mas liberado ainda na noite dessa quarta-feira (10)

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(Atualizado às 11:04, em 12 de Setembro de 2025)
Imagem de Charlie Kirk, para matéria sobre o ativista dos Estados Unidos
Legenda: O ataque ocorreu perto do meio-dia durante um evento organizado pelo movimento Turning Point USA
Foto: MELISSA MAJCHRZAK / AFP

O ativista de direita e aliado do presidente Donald Trump, Charlie Kirk, morreu após ser baleado em um evento em Utah, nesta quarta-feira (10). Kirk discursava em um avento na Universidade Utah Valley, quando foi atingido no pescoço, e não resistiu. 

A morte do influenciador foi confirmada pelo próprio presidente americano em publicação na Truth Social. "O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto", escreveu Trump. 

Veja o que se sabe sobre o caso

O ataque ocorreu perto do meio-dia durante um evento organizado pelo movimento Turning Point USA, cofundado por Kirk. Cerca de 3 mil pessoas estavam no campus da universidade quando o ativista foi baleado. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram Kirk sentado em uma cadeira em um palco quando é atingido, e seu corpo desliza para o lado.

Beau Mason, do Departamento de Segurança Pública de Utah, disse que o disparo provavelmente veio de um telhado, e que as câmeras do circuito fechado registraram um suspeito "vestido com roupas escuras". Um vídeo mostra uma pessoa correndo no telhado de um edifício momentos após ele ser baleado.

O ex-congressista de Utah Jason Chaffetz, que estava presente no comício, declarou à Fox News que o ataque ocorreu durante uma sessão de perguntas e respostas. "A primeira pergunta foi sobre religião. Ele falou durante uns 15, 20 minutos. A segunda pergunta, curiosamente, foi sobre atiradores transgêneros, atiradores em massa, e no meio disso, ouviu-se o disparo", comentou.

Segundo o FBI, um suspeito foi detido e liberado ainda na noite dessa quarta-feira. A busca pelo atirador continua, nesta quinta (11), e os motivos do atentado ainda não foram identificados.

Trump acusa 'esquerda radical'

Donald Trump acusou a retórica da "esquerda radical" de ter contribuído para o assassinato, classificando Kirk como um "mártir da verdade". "Durante anos, os da esquerda radical têm comparado americanos maravilhosos como Charlie com nazistas e os piores assassinos em massa e criminosos do mundo", disse Trump em um vídeo publicado horas depois do ataque, em sua plataforma Truth Social. "Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo em nosso país hoje, e deve parar agora", afirmou.

O mandatário prometeu que o governo "encontrará cada um dos que contribuíram para esta atrocidade e para outras violências políticas, incluindo as organizações que os financiam e apoiam".

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Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Casado e pai de dois filhos, Charlie Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA, movimento que desempenhou papel fundamental na mobilização jovem em torno de Donald Trump durante a última campanha presidencial. Ele somava mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais.

Os eventos dele em campi universitários por todo o país costumavam atrair multidões. A organização está presente em mais de 3.500 escolas e universidades em todos os 50 estados americanos, embora também desencadeie intensa oposição.

O ativista também era autor de vários livros de temática conservadora, como "Campus Battlefield", "The MAGA Doctrine" e o mais recente "The College Scam: How America’s Universities Are Bankrupting and Brainwashing Away The Future Of America’s Youth".

Ele também tinha forte atuação midiática, apresentando o programa de rádio transmitido nacionalmente "The Charlie Kirk Show", além de um podcast considerado um dos mais populares dos Estados Unidos.

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