Lula abre debate da Assembleia Geral da ONU nesta terça (23)
Evento deve marcar o primeiro possível encontro do petista com Trump após a condenação de Bolsonaro
Repetindo uma tradição existente desde 1955, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o primeiro chefe de Estado a discursar no Debate Geral de líderes da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado nesta terça-feira (23), em Nova York (EUA).
O evento começou às 10 horas. A ocasião é transmitida ao vivo pelo canal da instituição no YouTube.
O que esperar do discurso de Lula na ONU
O líder do Brasil fala logo após o secretário-geral da organização, António Guterres, e da presidente desta edição do evento, Annalena Baerbock, da Alemanha.
Apesar de ser um evento internacional, inclusive realizado nos Estado Unidos, onde o inglês é a língua nativa, é esperado que Lula discurse em português.
Para o Palácio do Planalto, a ocasião é uma oportunidade de apresentar as prioridades da política externa do Brasil à comunidade internacional.
Segundo a ONU, cada Estado-membro tem um espaço de 15 minutos para falar, mas nem sempre o tempo alocado é o usado. Na história da organização, já houve intervenções que duraram somente alguns minutos e outras que ultrapassaram algumas horas.
Todos os discursos são interpretados, simultaneamente, nas seis línguas oficiais: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.
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Encontro com Trump após condenação de Bolsonaro
Pela programação, o discurso de Lula é seguido pelo do líder do país anfitrião, ou seja, o presidente norte-americano Donald Trump.
Essa poderá ser a primeira vez que os dois se encontram oficialmente em um evento após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do republicano. Ele foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido à tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022.
Durante o processo jurídico, Trump tentou interferir no resultado, ao aplicar taxas comerciais ao Brasil, além de impor sanções econômicas, através da aplicação da lei Magnitsky a brasileiros, entre eles o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes.
Nessa segunda-feira (22), ainda motivado pela ação envolvendo Bolsonaro, o governo dos EUA estendeu a lei Magnitsky à esposa do magistrado do STF, a advogada Viviane Barci de Moraes.