
Israel anunciou, nesta terça-feira (10), que a ativista ambiental Greta Thunberg foi deportada do país após ser detida ao lado de 12 ativistas pró-palestinos em um barco que transportava ajuda humanitária para Gaza. A detenção ocorreu quando o veleiro "Madleen" foi interceptado pelas forças israelenses em águas internacionais. A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel em uma postagem no X, antigo Twitter.
O barco, que levava 12 ativistas de diversas nacionalidades, incluindo, além do brasileiro Thiago Ávila, franceses, alemães, turcos, suecos, espanhóis e holandeses, tinha como objetivo romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Após a interceptação, os ativistas foram escoltados para o porto de Ashdod, onde foram transferidos para o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, para serem repatriados.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que Thunberg estava a bordo de um voo de retorno à Suécia, com uma escala na França. Em uma mensagem divulgada nas redes sociais, o ministério publicou uma foto da ativista no avião, informando, em uma postagem anterior, que os passageiros do “iate de selfies” estavam sendo enviados de volta aos seus países.
Os que se recusassem a assinar documentos de expulsão seriam levados a uma autoridade judicial, alertou o governo israelense. Entre os detidos, cinco ativistas franceses se recusaram a deixar Israel voluntariamente e aguardam uma decisão judicial sobre sua situação.
VEJA A POSTAGEM DO MINISTÉRIO DE ISRAEL
Críticas à ação de Israel
A interceptação do barco gerou uma onda de críticas internacionais. A ONG Anistia Internacional declarou que a ação de Israel violou o direito internacional, enquanto o governo turco chamou a operação de "ataque odioso". O Irã também condenou a interceptação, classificando-a como um "ato de pirataria".
Israel justificou a ação como uma medida necessária para impedir a transferência de armas ao Hamas, afirmando que os ativistas tentaram realizar uma "provocação midiática".
O país enfrenta crescente pressão internacional para encerrar a guerra em Gaza, onde a população local sofre com bombardeios diários e escassez de alimentos, conforme relatórios da ONU.
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Guerra em Gaza
A guerra em Gaza, que começou após um ataque do Hamas a território israelense em outubro de 2023, já resultou na morte de mais de 54.900 palestinos, a maioria civis, e 1.219 israelenses, segundo dados oficiais. A situação humanitária na região é alarmante, levando a um clamor por ação internacional e soluções pacíficas.