Conclave: saiba como a fumaça que indica a escolha do novo papa muda de cor
Antes, após cada rodada de votação do conclave, eram queimadas as cédulas e somente a fumaça preta subia para indicar que não haviam chegado a um consenso
O conclave para escolha do novo papa iniciou nesta quarta-feira (7). Um dos principais símbolos da liturgia é a aguardada fumaça branca, que simboliza um resultado positivo. Além dela, há a fumaça preta, que indica que não foi escolhido um pontífice.
Recentemente, um filme homônimo ao ritual mostrou como funciona o acionamento dessas fumaças após cada votação. Mas você sabe como funciona e quais compostos químicos estão envolvidos nesse processo?
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SEM FUMAÇA BRANCA NO CONCLAVE
A utilização da fumaça branca usada para indicar o resultado dos cardeais só começou a ser incrementado a liturgia em 1914, quando foi eleito o papa Bento 15.
Antes, após cada rodada de votação, eram queimadas as cédulas e apenas a fumaça preta subia para indicar que não haviam chegado a um consenso.
A ausência de fumaça naquela época tinha o mesmo valor que a branca tem atualmente.
O processo de adesão a cores diferentes foi conturbado, já que os compostos orgânicos utilizados não geravam tons tão consistentes de braco e preto.
Em 1958, o cinza da fumaça fez com que surgisse uma teoria conspiracionista sobre a escolha do papa.
Já em 1963, visando evitar mais transtornos, a Igreja Católica resolveu utilizar compostos químicos para tonar mais concreta a visualização das cores.
Ainda assim, em 1978, fieis que acompanhavam os dois conclaves daquele ano não conseguiram discernir a cor da fumaça por conta do céu e iluminação local.
Só em 2005 foi adicionado mais um fator ao ritual litúrgico para não sobrar mais dúvida sobre a escolha. Além da fumaça branca, foi adicionado o som dos sinos da Basílica de São Pedro.
AFINAL, DE QUE SÃO FEITAS AS FUMAÇAS DO CONCLAVE?
Dois compostos bastante conhecidos são os responsáveis por cada tom: lactose e naftalina.
A lactose, presente no leite, quando aquecida, passa por uma decomposição térmica e gera a fumaça de tonalidade branca.
A naftalina, ao queimar, gera partículas escuras que acabam absorvendo a luz e resultam uma fumaça preta.
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