Ajuda humanitária começa a chegar em Gaza após acordo de cessar-fogo

Israel e Hamas se comprometeram a encerrar conflito que já leva dois anos

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 15:14)
Imagem de ajuda humanitária chegando à Faixa de Gaza
Legenda: Caminhões com suprimentos entraram em Gaza neste domingo (12)
Foto: OMAR AL-QATTAA / AFP

A Faixa de Gaza começou a receber ajuda humanitária neste domingo (12), com a entrada de centenas de caminhões a partir do Egito. Israel e Hamas firmaram acordo de cessar-fogo, interrompendo conflitos na Palestina.

Também devem entrar caminhões com ajuda na zona de Rafah, a partir de um ponto de passagem controlado por Israel.

Os moradores de gaza enfrentaram 'fome generalizada' durante a guerra, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A entidade alertou, em agosto, que 500 mil pessoas vivam em situação catastrófica.

O cessar-fogo põe fim a dois anos de guerra, desencadeada em outubro de 2023 por ataque do grupo Hamas a Israel, deixando 1.200 mortos. A retaliação do governo israelense provou mais de 67 mil portos e 170 mil feridos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quarta-feira (8) a aprovação do “primeiro estágio de um acordo de paz entre Israel e o Hamas" para Gaza.

Conforme o acordo de paz, devem ser libertos 47 reféns sequestrados pelo Hamas e Israel se comprometeu a libertar 250 prisioneiros palestinos.

Cessar-fogo em Gaza 

O acordo de cessar-fogo foi intermediado pelos Estados Unidos, já que Israel e o Hamas não mantêm contato direto.

Segundo o plano de Trump, à medida que o Exército israelense se retirar de Gaza, uma força multinacional composta por Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos deve entrar no local, coordenada por um centro de comando dirigido pelos Estados Unidos em Israel.

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O Hamas, que sequestrou 251 pessoas há dois anos, tem até segunda-feira ao meio-dia para entregar os reféns vivos e os corpos dos que morreram.

Em troca, Israel libertará 250 prisioneiros — entre eles alguns que cumprem prisão perpétua por ataques mortais contra israelenses — e 1.700 gazenses detidos pelo exército desde o início da guerra.

O serviço penitenciário israelense informou nesse sábado que transferiu os 250 prisioneiros palestinos para as prisões de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e Ketziot, no deserto de Neguev, no sul de Israel, antes da entrega.

 

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