Inteligência artificial reduz risco de sequelas por AVC, anuncia Ministério da Saúde britânico
Sistema usado em prováveis casos de AVC aumentou a porcentagem de pacientes que não sofreram nenhuma ou poucas sequelas
O recurso da inteligência artificial triplicou o número de pacientes no Reino Unido que praticamente não sofreram sequelas após um acidente vascular cerebral (AVC). O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde britânico nesta terça-feira (27).
O sistema Brainomix e-Stroke, desenvolvido por uma empresa com sede em Oxford, permite reduzir em mais de uma hora o diagnóstico e escolher rapidamente o tratamento mais adequado.
O uso da tecnologia em 110 mil prováveis casos de AVC aumentou a porcentagem de pacientes que não sofreram nenhuma ou poucas sequelas, de 16% para 48%.
A inteligência artificial ajuda na tomada de decisões na hora de interpretar os exames do cérebro e assim permite que os pacientes "recebam o tratamento adequado, no lugar certo e no momento certo", destacou a pasta. Mais de 85 mil pessoas sofrem anualmente AVC no Reino Unido.
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Recuperação sem sequelas
"Cada minuto que se ganha na avaliação inicial no hospital de pessoas que apresentam sintomas de AVC pode elevar dramaticamente as chances do paciente sair do hospital com boa saúde", afirma, em nota, o médico Thimothy Ferris, diretor de transformação do Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico.
O Ministério da Saúde dá como exemplo o caso de Carol Wilson, que em junho de 2021 sofreu intensas cãibras e perdeu rapidamente a visão. Um programa de inteligência artificial facilitou a identificação de um coágulo de sangue em seu cérebro, e os médicos optaram por uma trombectomia, o que permitiu que ela se recuperasse sem sequelas.
"Pude me sentar e enviar mensagens para minha família no mesmo dia, e voltar para casa e andar de novo dois dias depois de ter sofrido um AVC", conta Wilson.
"A inteligência artificial tem o potencial de transformar nosso sistema de saúde e permitir diagnósticos mais rápidos e precisos para garantir o melhor tratamento para os pacientes", garante o ministro da Saúde, Steve Barclay, sobre um dos diagnósticos médicos mais delicados.