Racha interno em facção teria motivado mortes em série no Lagamar, em Fortaleza
Quatro pessoas foram assassinadas na região, nessa sexta-feira (18). O policiamento foi reforçado após os crimes
As mortes em série registradas na região do Lagamar , em Fortaleza, nessa sexta-feira (18) estariam vinculadas a uma ruptura interna de uma facção criminosa. A reportagem apurou junto a fontes da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) que, após o homicídio de um dos membros da organiação local, houve racha entre os faccionados que entraram em disputa pelo território.
As vítimas assassinadas nessa sexta foram identificadas como: Cauê Silva da Paz, Yuri da Silva Sousa, Airton Delfino da Silva e Eduardo Bezerra do Nascimento. Por nota, a SSPDS informou que, dentre as vítimas, há uma pessoa com passagens por homicídio dolososo e organização criminosa e um adolescente com atos infracionais análogos aos crimes de tráfico de drogas, roubo com restrição de liberdade e roubo à pessoa.
Três vítimas foram mortas do lado do canal na Aerolândia e a quarta, no São João do Tauape. A Polícia investiga se o crime é configurado como chacina
Segundo testemunhas, dois homens chegaram em uma moto e um terceiro suspeito em um carro. As vítimas eram moradoras da comunidade. Após o ocorrido, diversas cápsulas dos calibres 40, 3890 e 9mm, duas pistolas com carregadores e quase um quilo de maconha foram apreendidos na região.
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"Os corpos das vítimas foram localizados em ruas do bairro com lesões decorrentes de disparos de arma de fogo. Equipes da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foram acionadas e realizaram os levantamentos no local", disse a Pasta.
Conforme apurado extraoficialmente pela reportagem, a morte que teria desencadeado o conflito interno foi a de Felipe Bruno Nunes Pereira, conhecido como 'Boladão'. Felipe tinha extensa ficha criminal, incluindo acusação por organização criminosa.
REFORÇO DO POLICIAMENTO
Os homicídios fizeram com que a Polícia Militar do Ceará (PMCE) reforçasse policiamento no Lagamar. De acordo com o major Messias Mendes, que participa da operação, neste sábado há cerca de 60 militares atuando na região, além dos demais componentes da Segurança Pública, como policiais civis e agentes do serviço de Inteligência.
"A gente está aqui para restabelecer e potencializar a sensação de segurança, ampliar a presença no território. O braço do Estado é muito mais forte do que qualquer tipo de insurgência do crime que queira afetar as vidas das pessoas", disse o major.
O oficial acredita que, em pouco tempo, os responsáveis pelas mortes devem ser detidos: "temos certeza que em pouco tempo as pessoas que fizeram isso estarão presas e serão levadas à Justiça para que sejam condenadas pelo bárbaro crime que cometeram".
A Secretaria pede que se a população possa contribuir com as investigações repassem informações para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. Sigilo e anonimato são garantidos.