Silvinei Vasques alega à PF que blitze no 2º turno tinham objetivo de evitar compra de votos
Ex-diretor da PRF é investigado por suposta interferência nas eleições de 2022
O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques afirmou à Polícia Federal, nesta quinta-feira (10), que as blitze realizadas no segundo turno das eleições de 2022 visavam evitar a compra de votos.
Silvinei foi preso preventivamente nessa quarta-feira (9), investigado por suspeita de interferir nas eleições. Durante seu depoimento, nesta quinta, o ex-diretor alegou que as blitze não tinha viés eleitoral, segundo reportado pelo g1.
O ex-diretor teria mobilizado a estrutura da PRF para dificultar que os eleitores de Lula votassem no pleito. Em 30 de outubro, data do segundo turno, blitze da PRF ocorreram principalmente no Norte e Nordeste, onde o petista tinha mais intenções de votos, segundo as últimas pesquisas.
Contrariando a determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. Silvinei também é investigado por sua atuação diante dos bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores de Bolsonaro depois da derrota na eleição.
Ex-diretor preso
Em meio às investigações, Silvinei foi exonerado do cargo em dezembro de 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro. Dias depois, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor, por 27 anos de contribuição.
A PF prendeu Silvinei preventivamente e apreendeu celulares, computador e passaporte do ex-diretor.
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Além da prisão de Vasques, 47 agentes da PRF vão ser ouvidos na operação, batizada de "Constituição Cidadã". A PF cumpre, ainda, 10 mandados de busca e apreensão.