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Lula e Zelensky não terão reunião, diz governo: 'incompatibilidade de agendas'

Ambos estão em Hiroshima, no Japão, para cúpula dos líderes do G7

Escrito por Diário do Nordeste/Agência Brasil ,
Presidente Lula e presidente da ucrância Volodymyr Zelensky não irão se reunir
Legenda: Presidente Lula e presidente da ucrância Volodymyr Zelensky não irão se reunir
Foto: Agência Brasil/Reprodução

O presidente Lula (PT) e o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky não irão se reunir em Hiroshima, no Japão, durante a cúpula dos líderes do G7. Conforme o Governo informou ao g1, há uma "incompatibilidade de agendas" entre os mandatários. 

Ainda conforme o Governo, uma sala de reuniões para o encontro foi montada. Zelensky foi questionado sobre a reunião não ter acontecido. O chefe do executivo ucraniano foi irônico ao falar que Lula deveria ter ficado decepcionado.

Lula e o mandatário ucraniano se encontraram em reuniões multilaterais e no jantar de chefes de estado da cúpula. 

O chefe do executivo brasileiro já se reuniu com os presidentes dos EUA, Joe Biden, e das Ilhas Comores e da União Africana, Azali Assoumani. Lula também encontrou com os primeiro-ministros do Vietnã, Phạm Minh Chính, da Índia, Narendra Modi, e do Canadá, Justin Trudeau. 

Neste sábado (20), o petista se reuniu com líderes do Japão, Indonésia e França.  

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'Todos merecem viver em paz'

Em discurso durante sessão de trabalho do G7,Lula voltou a defender a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No encontro, que teve como tema “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”, o presidente disse que o conselho “encontra-se mais paralisado do que nunca”.

Ao falar de paz, afirmou que “membros permanentes continuam a longa tradição de travar guerras não autorizadas pelo órgão, seja em busca de expansão territorial, seja em busca de mudança de regime”.

Na mesa, sentado em frente ao presidente da Ucrânia e entre Joe Biden e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, Lula falou em diálogo.

“Repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolver disputas. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia”.

O presidente voltou a pedir uma solução baseada no diálogo para o conflito na Ucrânia e a criação de um espaço para negociações. Destacou outros conflitos que ocorrem fora da Europa e que merecem também mobilização internacional.

“Israelenses e palestinos, armênios e azéris, cossovares e sérvios precisam de paz. Yemenitas, sírios, líbios e sudaneses, todos merecem viver em paz”, afirmou.

Ele defendeu ainda a necessidade de ratificação do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares. “Não são fonte de segurança, mas instrumento de extermínio”, disse. “Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso”, completou.

Reunião com a ONU 

Após a sessão de trabalho, Lula conversou por cerca de meia hora com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Mais uma vez, lembrou o fato de o conflito na Ucrânia não estar sendo tratado no âmbito do Conselho de Segurança da ONU e reforçou a necessidade de reforma do órgão.

Meio ambiente foi outro tema do encontro. Lula falou sobre a Cúpula da Amazônia, que ocorrerá em Belém (Pará) em agosto. Guterres garantiu que vai apoiar a iniciativa brasileira de criação de um grupo de cooperação formado por nações amazônicas, Indonésia e República Democrática do Congo, países que têm grandes florestas.

O que é o G7?

A expressão G7 é a abreviação de Grupo dos Sete, uma organização de líderes de países mais industrializados do mundo: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

O grupo é restrito às sete nações, mas outras, a exemplo do Brasil, podem ser convidadas para as cúpulas. Para Hiroshima foram chamados representantes de Austrália, Brasil, Vietnã, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Comores e Ilhas Cook.

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