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Luizianne diz que não deve acompanhar Lula em visita a Iguatu devido agendas de pré-campanha

Em janeiro deste ano, ela também não participou de agenda com o presidente no Ceará

Escrito por Igor Cavalcante, Ingrid Campos ,
Luizianne Lins
Legenda: Luizianne Lins, deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de Fortaleza pelo PT.
Foto: Kid Júnior

Pré-candidata à Prefeitura de Fortaleza, a deputada federal Luizianne Lins (PT) afirmou que não deve acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agenda por Iguatu, na sexta-feira (5). Nessa data, o chefe do Planalto vai assinar ordem de serviço para construção do Ramal do Salgado e visitar obras da Transnordestina no Estado.

"Possivelmente, em função das agendas aqui, da disputa interna que nós estamos vivendo (não vai comparecer). Hoje mesmo eu vou ao Conjunto Palmeiras, aí amanhã já vai ter outra atividade, até sexta-feira a gente vai estar em plenária, e é muito ruim desmarcar de última hora porque o povo tá aguardando esse momento, então não sei se vou conseguir ir para Iguatu", disse Luizianne nesta quarta-feira (3). 

A declaração ocorreu poucos minutos antes de agenda da parlamentar com estudantes do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza.

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Em janeiro deste ano, ela também não participou de agenda com o presidente no Ceará. Na ocasião, Lula lançou a pedra fundamental da nova sede do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) em Fortaleza, ao lado de personalidades como o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o deputado estadual Evandro Leitão (PT) – que disputa com a ex-prefeita a indicação do partido à sucessão municipal.

À época, ela justificou sua ausência com críticas e acusações ao ministério de Camilo. Internamente, como se comenta nos bastidores, ele articula apoio pela escolha de Evandro, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), como representante do PT na eleição à Prefeitura de Fortaleza. O partido tem, ainda, o assessor especial do Governo do Estado, Artur Bruno, e os deputados estaduais Larissa Gaspar e Guilherme Sampaio no páreo.

Em nota enviada ao Diário do Nordeste, a assessoria de imprensa da deputada disse, à época, que ela foi impedida de entrar no acesso das autoridades e de subir no palco onde estava o presidente. O Planalto negou essa versão e afirmou que ela foi convidada para o evento. Segundo o Governo Federal, a parlamentar “teria lugar no palco se tivesse comparecido” e “todos os deputados federais do estado da agenda são convidados pelo governo e têm assentos reservados”. 

Processo interno

No domingo (7), a comunidade petista de Fortaleza vai às urnas para definir os delegados que avaliarão as pré-candidaturas do partido em Fortaleza. Eleitos em chapas proporcionais, esses representantes vão analisar as postulações e escolher quem será o(a) candidato(a) do PT a partir de agosto.

"Vamos estar de olho, inclusive, no domingo, no processo eleitoral, porque nós tivemos interferências concretas e das mais diversas – acho que depois isso vai ficar claro –, mas estamos na maior expectativa que os militantes e as militantes do PT vão mandar o seu recado nas urnas", alertou a deputada. 

Questionada sobre se essas interferências seguem, Luizianne afirmou que "elas vão continuar até o último momento, até domingo", e que vai "estar de olho nisso". 

"Nós estamos discutindo e apostando num partido que a gente entende que não pode ser um partido qualquer, como a gente tem dito", disse, ainda.

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