Juíza dos EUA nega liminar de Rumble e empresa de Trump contra Moraes

Companhias acusam o ministro brasileiro de censura e violação da soberania estadunidense

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 20:05)
Imagem de Alexandre de Moraes à direita e na esquerda uma foto do ícone da plataforma Rumble
Legenda: Moraes determina a suspensão do Rumble
Foto: Shutterstock e Gustavo Moreno/STF

A Justiça dos Estados Unidos negou o pedido de liminar da rede social Rumble e da Trump Media & Technology, empresa de Donald Trump, contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do portal g1.

Na última quarta-feira (19), as companhias apresentaram uma ação na Justiça norte-americana contra Moraes acusando o ministro brasileiro de censura e violação da soberania estadunidense.

De acordo com a publicação, a corte dos EUA manteve em aberto a análise do mérito do caso, alegando que há falhas na entrega de documentação da ação e que o tribunal desconhece ações de Moraes ou do governo brasileiro "para domesticar as 'ordens' ou pronunciamentos conforme protocolos estabelecidos".

A magistrada detalha que ainda precisam ser analisadas questões de jurisdição no caso. Na decisão de três páginas, a juíza estadunidense solicita documentos e formalidades do processo. Segundo o documento, há lacunas por parte dos representantes contra Moraes.

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Entenda o caso

A Rumble e a Trump Media & Technology questionam a decisão de Moraes de bloquear o Rumble no Brasil. A rede social descumpriu a determinação judicial de bloquear o canal do blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça.

Alexandre de Moraes deu 48h para a plataforma indicar um representante legal no Brasil. Na sexta-feira (21), o ministro impôs multa diária de R$ 50 mil e determinou novamente indicação de representante.

Após o bloqueio, o Rumble abriu um processo judicial contra Moraes alegando violação da soberania estadunidense.

O que é Rumble?

A Rumble é uma plataforma de compartilhamento de vídeo, alternativa ao YouTube, e tem se tornado popular entre influenciadores de direita que foram banidos de outras redes sociais, como Allan dos Santos, Monark e Rodrigo Constantino.

Segundo o site do Rumble, sua missão é "proteger uma internet livre e aberta". A plataforma foi citada em processos do STF por não remover conteúdos com informações falsas.

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