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Gabriel Monteiro vira réu por importunação sexual e assédio contra ex-assessora

Vereador foi denunciado no dia 14 de junho e processo corre em segredo de justiça

Escrito por Redação ,
Gabriel Monteiro em entrevista a repórteres
Legenda: Gabriel Monteiro também responde no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O vereador Gabriel Monteiro virou réu por importunação sexual e assédio sexual após denúncia do Ministério Público ser aceita pela Justiça do Rio de Janeiro. O ex-PM foi denunciado no dia 14 de junho e, até então, o processo corre em segredo de justiça. As informações são do G1.

Gabriel foi alvo de um inquérito aberto pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (Deam-Jacarepaguá), que investigava os crimes desde o fim de março deste ano. 

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Investigação

A investigação em questão apurava assédio sexual e importunação sexual contra a ex-assessora do parlamentar Luiza Caroline Bezerra Batista, de 26 anos. Ela, afirmou a promotora Lenita Machado Tedesco na denúncia, era coagida a participar de vídeos e ainda sofreu ameaças de demissão. 

Em nota divulgada à imprensa, a defesa do vereador afirmou que a denúncia "foi realizada por ex-assessores que já confirmaram trabalhar para a máfia do reboque".

Relatos fortes

Os relatos de Luiza, inclusive, foram revelados em uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, e citavam beijos e abraços sem consentimento da parte do político. 

"Ele me abraçava por trás, ‘te amo’, beijava o meu rosto, saía de pênis ereto. Cansou de passar a mão na minha bunda", disse a assessora parlamentar. 

Luiza passou sete meses trabalhando com o vereador e acabou procurando um psiquiatra por conta disso. "Eu queria tirar minha própria vida, porque eu me sentia culpada. Será que estou usando alguma roupa que está causando isso? Será que a culpa é minha de alguma forma? Aí eu começava a pedir a Deus para me levar", comentou. 

A defesa de Gabriel Monteiro afirmou que outros funcionários desmentiram o depoimento em questão. Além disso, ele também responde no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. 

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