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FBI deve ajudar PF em investigação que interliga Bolsonaro a esquema ilegal de joias

Ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo da Polícia Federal em investigação que apura a aquisição ilegal de joias

Escrito por Redação ,
Joias femininas em uma caixa
Legenda: A Arábia Saudita presenteou o governo Bolsonaro com uma caixa de joias femininas
Foto: Reprodução/TV Globo/Fantástico

Em meio às investigações da Polícia Federal sobre esquema ilegal de joias, o Departamento de Justiça estadunidense autorizou o Departamento Federal de Investigação (FBI) a colaborar com os agentes brasileiros. A parceria internacional entre a polícia do Brasil e dos Estados Unidos deve investigar a venda ilegal de joias e relógios do acervo presidencial, em esquema envolvendo Jair Bolsonaro

Com a autorização da participação do FBI, a polícia federal estadunidense ainda pode contribuir para solucionar outros crimes, como lavagem de dinheiro, ocultação de valores, apropriação indevida, e falso testemunho. Conforme o g1, as informações foram apuradas pelo jornalista César Tralli, da TV Globo e GloboNews.

A documentação com o pedido foi organizada pela Polícia Federal, encaminhada aos Estados Unidos, e validada pelo governo de Joe Biden.

Essa colaboração ainda abre permite que o FBI abra investigações contra os envolvidos, fazendo com que eles possam responder pelos crimes em território estadunidense.

Investigação sobre caso das joias

Bolsonaro é investigado em operação que apura se militares ligados a ele negociaram joias ilegalmente, que deveriam ser incorporadas ao patrimônio do Estado. A operação faz parte de uma investigação maior, que já se estende desde março do ano passado.

À época, foi revelado que, em outubro de 2021, uma comitiva do ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, e de auxiliares tentou entrar no Brasil com um conjunto de joias e um relógio de diamantes não declarados na mochila.

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Os bens, presenteados pelo Governo da Arábia Saudita, eram avaliados em R$ 16,5 milhões. O material foi apreendido pela Receita Federal na Alfândega e, no próprio Aeroporto Guarulhos, em São Paulo, os integrantes do governo brasileiro tentaram pressionar pela liberação do material, sem sucesso. 

Nos meses seguintes, até dezembro de 2022, o Governo Bolsonaro e o próprio Bolsonaro atuaram em pelo menos oito ocasiões para tentar liberar os bens. Ele também acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens. Contudo, o material seguiu apreendido na Receita Federal. 

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