Título de cidadã e aceno a mulheres: veja como foi a visita de Damares e Michelle ao Ceará
Elas participaram de um evento na Praia de Iracema e depois seguiram para um culto evangélico na Sapiranga
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e a senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), participaram, nesta sexta-feira (14), de um encontro com mulheres que apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Fortaleza. O encontro ocorreu no Hotel Praia Centro, na Praia de Iracema.
As duas têm cumprido agendas juntas em diversos estados na tentativa de estimular o voto feminino a Bolsonaro no segundo turno. Fortaleza é a segunda capital do Nordeste que elas visitam na campanha do segundo turno. Antes, estavam em Teresina, no Piauí.
Após o encontro, elas participaram de um culto em uma igreja evangélica da Capital, no bairro Sapiranga. A imprensa não foi autorizada a acompanhar. A senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), também participou dos eventos.
Durante o encontro com mulheres, a primeira-dama recebeu o título de cidadã fortalezense entregue pela vereadora Priscila Costa (PL). Em 2019, a Câmara Municipal de Fortaleza aprovou a concessão da honraria a Michelle Bolsonaro. Como não estava na Capital na época, a vereadora Priscila Costa entregou o título nesta sexta-feira (14).
Na ocasião, Michelle Bolsonaro ressaltou seu sangue cearense herdado de seu pai, Paulo Negão, que é natural de Crateús, e comparou a eleição entre Lula e Bolsonaro no segundo turno a "uma guerra espiritual", dizendo que "o hino internacional socialista" não será cantado no Brasil. Ainda em seu discurso, ela minimizou as mortes na pandemia da Covid-19.
"O meu marido ele só tem vontade e força de ver o Brasil crescer. Ele já falou 'Mi, eu já morri em 2018. Eu vou lutar pela minha nação. E se eu tiver que morrer por ela, eu morro. Ele é um capitão. Meus amados, tantos rótulos colocaram no meu marido: 'machista, misógino, racista, taxista, eletricista, homofóbico, genocida'. Parecendo até que só teve só teve morte no Brasil, mas Deus sabe de todas as coisas"
Ao final do seu discurso, a primeira-dama convocou todos para fazerem a sua parte nessa eleição e assegurou que Bolsonaro iria continuar lutando pelos valores conservadores.
"Fiquem tranquilos que o nosso capitão é forte o bastante pra lutar pela família, pela vida desde a concepção, pela nossa pátria, pela nossa liberdade de expressão e pela nossa liberdade religiosa. Inclusive, já abriu, na ONU, as portas do nosso Brasil para as freiras e os padres que estão sendo perseguidos em Nicarágua", acrescentou.
Engajamento de mulheres
Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Bolsonaro e senadora eleita pelo DF, Damares Alves também discursou no evento. Na ocasião, ela apontou o Ceará como o estado capaz de dar a vitória a Bolsonaro e pediu engajamento das mulheres para virar voto.
"Mulheres, vou dizer uma coisa para vocês: vamos para o WhatsApp, vamos para a rua, vamos convencer os votos, vamos buscar mais apoiadores. Os pedófilos não querem o Bolsonaro no poder, os corruptos não querem, os agressores de mulheres não querem", destacou.
Ainda em sua fala, Damares também voltou a citar tráfico de crianças nas fronteiras do País para exploração sexual, mesmo sem provas, o qual ela diz ter sido combatido durante a gestão de Bolsonaro.
"Essa semana eu estou sendo alvo de todos os tipos críticas, porque eu apenas trouxe a luz para o que já é a denúncia há mais de vinte anos: o tráfico de crianças nas fronteiras do Brasil. O próprio Ministério dos Direitos Humanos do governo das trevas dizia que 11 mil crianças estavam desaparecidas no Brasil. Para onde elas foram? E aí a gente foi para as fronteiras", declarou.
Ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil e senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP) disse que se surpreendeu ao conhecer a região Nordeste e o trabalho do seu povo. Antes, ela confessou que acreditava que os nordestinos "trabalhavam pouco" e que aqui não "dava nada".
"Eu conheço o Nordeste da praia, mas eu não conhecia o Nordeste que trabalha, eu não conhecia o interior dos estados do Nordeste. E a minha primeira viagem como ministra foi pra cá, para essa região e eu vim aqui aprender com vocês o que era produzir no Nordeste. Eu tinha que dizer isso aqui para vocês, porque eu saí daqui encantada. Eu tinha uma percepção errada que aqui nada dava, que aqui só tinham pessoas que trabalhavam pouco e eu sai daqui encantada e disse: 'aqui é a nova fronteira da agricultura brasileira'"