Eduardo Girão lança candidatura à presidência do Senado pela segunda vez: 'Independência'
Em 2022, o cearense acabou desistindo da candidatura durante a sessão que elegeu Rodrigo Pacheco
O senador cearense Eduardo Girão (Novo) anunciou, nessa quarta-feira (18), que irá concorrer à presidência do Senado Federal. A candidatura dele se contrapõe a do senador Davi Alcolumbre (União-AP), candidato apoiado pelo atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que Girão afirma ser uma candidato que trará "mais retrocessos".
Essa é a segunda vez que Eduardo Girão anuncia que irá concorrer à presidência do Senado. Em 2022, ele lançou o próprio nome mesmo sem o apoio do partido — na época, ele estava no Podemos. Contudo, ele acabou retirando a candidatura no dia da sessão de votação, que reelegeu Rodrigo Pacheco para o cargo.
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"Fica claro que precisamos de alternância de Poder. Fica claro que precisamos avançar, e não termos o retrocesso de um filme que a gente já viu. A população quer mudança de verdade para que esta Casa cumpra seu papel constitucional neste momento histórico, dramático do nosso país", disse o senador na tribuna do Senado Federal.
Ele alega que a decisão se deve a uma "subserviência" que o Senado teria em relação ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF). "O fato é que demandas legítimas da sociedade não são deliberadas há décadas por decisões monocráticas do Presidente do Senado, que acaba deixando o Senado subserviente ao STF e Governo Lula. Não podemos ser “puxadinhos” de outros Poderes", disse o senador.
"Tenho consciência de minhas inúmeras limitações e imperfeições, mas pode ter certeza que darei o meu melhor", completou o senador cearense.
A eleição para a presidência do Senado deve ser realizada no início de fevereiro, na volta dos trabalhos legislativos.