Legislativo Judiciário Executivo

Deputados aprovam projeto para fixar o Raio na PM; veja histórico e resultados do grupamento

O Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRAIO) está na 3ª fase de expansão para cidades com mais de 30 mil habitantes

Escrito por Redação ,
Legenda: Governo do Estado envia projeto de lei à Assembleia Legislativa para tornar o Raio permanente na estrutura da Polícia Militar do Estado
Foto: José Leomar

Deputados estaduais cearenses aprovaram, nesta quinta-feira (8), projeto de lei enviado pelo Governo do Estado para fixar o Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRAIO) na estrutura da Polícia Militar do Ceará e tornar essa unidade especializada em uma política de Estado.

A proposta estabelece o objetivo, as atribuições, estrutura, organização e regras envolvendo recrutamento, seleção e as rondas do grupamento policial que mudou de posições na estrutura da PMCE ao longo dos anos.

Para servir no CPRAIO, de acordo com o projeto, o policial militar deverá ser submetido, independente do posto/graduação ou atividade/função, a um processo seletivo que inclui, por exemplo, análise do histórico e qualidade técnico-operacional.

O Raio é referência no país como modelo de policiamento com motos, homens altamente treinados, capacitados e dedicados. O objetivo é que todas as cidades acima de 30 mil habitantes tenham o reforço no policiamento sobre duas rodas do Raio
Júlio Cesar Filho
Líder do Governo na Assembleia Legislativa (Cidadania)

Histórico do grupamento

O grupamento do Raio foi criado em 2004 e contava com 16 policiais militares. Em 2011, o efetivo aumentou para pouco mais de 200 policiais e a unidade mudou de patamar, sendo elevado à condição de companhia independente.

No ano seguinte, em 2012, a unidade foi reestruturada, passando a se chamar Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas.

Em 2015, o Governo começou a expandir as ações da unidade e implantar bases do Raio em cada uma das nove macrorregiões do Estado.

Após a implantação em cidades de grande porte do interior, como Juazeiro do Norte, Sobral e Quixadá, o grupamento passou para uma segunda fase de expansão e começou a ser instalado em cidades a partir de 50 mil habitantes.

Já em 2019, o Raio mudou novamente de posição na estrutura da Polícia Militar e passou à condição de grande comando, abrangendo cinco batalhões, 16 companhias e 44 pelotões.
 
Atualmente, de acordo com o Governo do Estado, o Raio está na terceira fase de expansão, com o objetivo de expandir o atendimento da unidade nos municípios com mais de 30 mil habitantes.

Resultados ostensivos

O efetivo total do Raio é de 2.443 policiais militares, sendo 614 na Capital, 551 na Região Metropolitana e 1.278 no interior.

Dados do Governo do Estado mostram que em 2020 as unidades do Comando Raio apreenderam 1.860 armas de fogo, correspondendo a 30,4% das 6.117 armas apreendidas no Ceará.

Ainda no ano passado, 2.034 veículos foram recuperados e apreendidos. Já nos dois primeiros meses deste ano, as unidades do Raio retiraram 145 armas de fogo e efetuaram 654 capturas de suspeitos de crimes. 

Programa Proteger

Os parlamentares também aprovaram, nesta quinta, outro projeto de lei encaminhado pelo Governo do Estado que legaliza como política pública do Estado o Programa Estadual de Proteção Territorial e Gestão de Riscos (Proteger).

De acordo com o projeto, o objetivo é instalar bases em pontos críticos com alto índice de homicídios e assaltos. Até agora 31 bases foram instaladas

A definição desses locais é feita após um mapeamento realizado pela Superintendência de Pequisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) que leva em conta 70 indicadores sociais e criminais, como renda, saneamento e educação.