Legislativo Judiciário Executivo

Com ausência do prefeito, vereadores ouvem primeiras testemunhas no caso das merendas em Aquiraz

Comissão processante investiga suspeita de irregularidade na compra de merenda escolar para escolas públicas

Escrito por Felipe Azevevedo , felipe.azevedo@svm.com.br
Comissão processante Aquiraz
Legenda: A CPI é composta por Ney Pires (PP), Neide Queiroz (PDT), Cláudio Diógenes (PL)
Foto: Reprodução/Câmara de Aquiraz

Iniciou nesta quinta-feira (20), na Câmara Municipal de Aquiraz, a fase de instruções na Comissão Processante que investiga supostas irregularidades na compra de merenda escolar no município. Foram ouvidas quatro testemunhas indicadas pelo prefeito Bruno Gonçalves (PL) durante uma sessão que durou aproximadamente 40 minutos. O prefeito não compareceu.

O processo, que envolve compras milionárias de alimentos para abastecimento das escolas da cidade, foi aberto após denúncia apresentada em junho deste ano por infração político-administrativa.

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O encontro desta quinta-feira foi a terceira reunião da comissão processante. O prefeito arrolou 10 testemunhas para responder perguntas dos vereadores que compõem o colegiado, quatro delas estiveram na sessão. 

Há possibilidade, no entanto, das demais testemunhas comparecerem na oitiva marcada para o próximo dia 27. Os vereadores também aguardam o depoimento do prefeito. 

A CPI é composta por Ney Pires (PP), Neide Queiroz (PDT), Cláudio Diógenes (PL).

Procurada para saber os motivos da ausência do Chefe do Executivo na reunião desta quinta-feira (20) e se ele comparecerá na próxima sessão, a assessoria de Bruno Gonçalves não respondeu até a publicação da matéria. 

Investigação paralela 

Além da Comissão Processante, a Câmara também instalou, no último dia 17, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as mesmas suspeitas.

Ao contrário da comissão processante, uma CPI não tem podeses de afastar o prefeito ou até cassar o seu mandato. Na comissão parlamentar de inquérito é produzido um relatório com possíveis irregularidades apontadas ao decorrer das investigações. Esse documento, posteriormente, é apresentado a autoridades competentes, como Ministério Público, por exemplo. 

O colegiado foi formado como uma “investigação paralela” – termo usado pelos próprios vereadores de oposição –, uma vez que já há na Câmara uma Comissão Processante para investigar o caso, formada por parlamentares da base do prefeito.

O Diário do Nordeste procurou a prefeitura para comentar o assunto, mas não houve retorno.

Na última nota divulgada pela gestão sobre a CPI, a prefeitura se comprometeu a colaborar com as investigações e reafirma que a investigação é resultado de perseguição política. "Esperamos que a situação seja rapidamente esclarecida e estamos certo que iremos provar, mais uma vez, que esse movimento não passa de perseguição política como já aconteceu em gestões anteriores em Aquiraz", diz trecho da nota.

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