Legislativo Judiciário Executivo

Bolsonaro depõe à PF sobre importunação a uma baleia jubarte nesta terça (27)

Suspeita da PF é a de que o ex-presidente estava pilotando uma moto aquática que se aproximou do animal em junho do ano passado, no litoral paulista

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Bolsonaro
Legenda: Bolsonaro vai depor em caso de 'importunação' de baleia
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai depor à Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (27), no inquérito sobre suposto crime de "importunação intencional" de uma baleia jubarte em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Bolsonaro será ouvido na superintendência da PF na capital do Estado dois dias após ato realizado na Avenida Paulista. O advogado e assessor de comunicação do ex-presidente, Fabio Wajngarten, também será ouvido pela PF.

O depoimento estava marcado para ocorrer no dia 7 deste mês, porém, foi adiado.

O caso sob investigação da Polícia Federal ocorreu em junho de 2023 em São Sebastião. O inquérito foi aberto com base em vídeo que mostra um homem pilotando uma moto aquática e se aproximando da baleia com o motor ligado, chegando a até cerca de 15 metros do animal. A PF investiga o possível cometimento de crimes previstos em lei que proíbe a pesca ou "molestamento intencional" de baleias.

Em novembro, o Ministério Público Federal (MPF) também passou a acompanhar o inquérito. A suspeita da Procuradoria é de que Bolsonaro seria o condutor do veículo que se aproximou do mamífero. O ingresso do órgão na investigação se deu a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também investiga o caso, e é desdobramento de uma apuração preliminar do MPF sobre o episódio. 

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Bolsonaro estava com vereador multado

O ex-presidente passou o feriado de Corpus Christi de 2023 na região, onde se encontrou com o vereador Wagner Teixeira, que foi multado pelo Ibama por "desrespeito às regras de observação de baleias".

Nas redes sociais, Wajngarten chegou a relacionar a investigação com "perseguição política, jurídica e midiática". Sustentou que, "por inúmeras vezes teve a sorte de avistar animais marinhos no litoral norte de SP e nunca gerou nem notícia, nem intimação processual".

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