Após diplomação, Elmano aponta prioridades da futura gestão e articulação para definir secretariado
O futuro gestor precisa definir a lista de secretários nos próximos dias, processo que foi atrasado devido aos impasses nacionais
Diplomado nesta sexta-feira (16) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), o governador eleito Elmano de Freitas (PT) nomeou as prioridades da sua gestão, ao lado da vice-governadora eleita, Jade Romero (MDB), para os primeiros seis meses de 2023. O novo chefe do Executivo cearense prometeu entregar, nesse início, as medidas que foram carros-chefes de sua campanha.
Na área da saúde, o foco do governador eleito, no momento, é resolver o problema da fila de cirurgias no Ceará. "É um número significativo de cearense que esperam cirurgias, então nós devemos desenvolver uma campanha forte, um mutirão para cirurgias", disse em coletiva após a cerimônia de diplomação.
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Elmano também encaminhar, no primeiro semestre do próximo ano, a implantação do bilhete metropolitano gratuito para viabilizar o deslocamento da população na Grande Fortaleza.
O petista ainda afirmou que vai sentar com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para debater uma campanha contra a fome no Estado. "É uma campanha que será realizada pelo Governo Federal, nós vamos estar de mãos dadas para combater a fome no Ceará, vamos chamar a sociedade civil, vamos chamar o setor empresarial, vamos chamar as igrejas, junto com prefeituras, para que no Ceará a gente possa enfrentar a fome do nosso povo", completou.
Escolha do secretariado
Antes disso, o gestor precisa definir o seu corpo de secretários. A previsão anterior era de que a composição do primeiro escalão do Governo do Estado fose divulgada até esta sexta, mas articulações nacionais em torno dos ministérios de Lula atrasaram as definições.
Isso, porque o ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT) é o principal nome cotado para o Ministério da Educação (MEC), após enfraquecimento da indicação da atual governadora Izolda Cela (sem partido) para o cargo. Se a nomeação se confirmar, o seu posto no Senado pode ser ocupado pela primeira suplente, a deputada Augusta Brito (PT). Esta também é estudada para o secretariado de Elmano e compõe a sua equipe de transição.
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O impasse levou o novo governador a "aguardar o processo nacional se concluir" para, em seguida, começar a divulgar os nomes. "Nós estamos dialogando muito, já ouvimos um pouco os partidos, estamos vendo pessoas, conversando (...) Tem nomes que nós já avançamos bastante, tenho, inclusive, conversa a realizar com a nossa vice, com nossas lideranças, com os partidos, para fazer os anúncios de maneira muito tranquila, muito serena", destacou, apontando, ainda, que deve ouvir Camilo e o senador Cid Gomes (PDT).
Além do fator partidário, já que a tendência é acomodar aliados no secretariado, Elmano afirmou que o currículo, o conhecimento das áreas específicas, a capacidade de liderança de equipe e o alinhamento com o compromisso que assumiu para os próximos quatro anos serão critérios importantes para a escolha.
Questionado se a retomada da aliança com o PDT, rompida pouco antes do início da campanha, deve incluir a indicação de nome do partido a alguma pasta estadual, o novo governador disse que a legenda tem "grandes nomes para integrar um governo", o que é resultado de um processo iniciado ainda no governo Cid e continuado na gestão Camilo-Izolda.
"Vários do PDT ajudaram a construir esse projeto e eu quero que esses nomes possam colaborar efetivamente junto com outros partidos. Também tem outras lideranças e pessoas que também não tem ligação partidária, mas que podem dar uma contribuição ao povo do Ceará", observou.