André Mendonça deve ser indicado por Bolsonaro à vaga no STF; saiba quem é
Presidente teria citado nome do Advogado-Geral da União em reunião nesta terça (6)
O atual Advogado-Geral da União, André Mendonça, será indicado à vaga do ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação teria sido confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em reunião ministerial nesta terça (6), segundo O Estado.
Desde então, o histórico de Mendonça vem sendo divulgado. O nome dele, inclusive, já havia sido citado como novo ocupante da Suprema Corte logo após Bolsonaro informar que deseja indicar um jurista "terrivelmente evangélico".
Quem é André Mendonça?
Advogado, pastor e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, ele é natural de Santos, no litoral paulista, tem 48 anos e é formado pela Faculdade de Direito de Bauru.
Além disso, ele possui título de doutor em Estado de Direito e Governança Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e Políticas de Integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Desde 2019, Mendonça ocupa o comando da Advocacia-Geral da União (AGU), logo após a chegada de Jair Bolsonaro à presidência. No entanto, já atua na AGU desde 2000, instituição em que exerceu cargos como corregedor-geral e de diretor de Patrimônio e Probidade
A passagem pela pasta de Justiça e Segurança Pública ocorreu em abriu de 2020, com a saída de Sérgio Moro. Porém, voltou para a AGU em abril de 2021 por conta da reforma ministerial mais recente.
Apoio de evangélicos
Ainda em solenidade na Câmara dos Deputados em 2019, ele chegou a ser qualificado como "terrivelmente evangélico" por Bolsonaro. Atualmente, Mendonça é pastor presbiteriano da Igreja Presbiteriana Esperança, localizada em Brasília.
Em ofícios enviados a Bolsonaro, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) reforçou o apoio da provável indicação do religioso.
Relação com Dias Toffoli
Entre março de 2007 e outubro de 2009, André Mendonça trabalhou com o ministro Dias Toffoli, na época em que este foi o responsável por chefiar a AGU. Na gestão de Toffoli, Mendonça dirigiu o Departamento de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público.
Ele também foi coautor do livro “Democracia e Sistema de Justiça”, lançado em outubro de 2019, escrito ao lado do ministro Alexandre de Moraes. O livro homenageia os 10 anos de Toffoli no STF.