A Enel Ceará foi oficiada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) que apura possíveis irregularidades no fornecimento de energia elétrica pela empresa na Capital cearense, para prestar esclarecimentos à Casa Legislativa. A medida foi aprovada por unanimidade pelos membros da instância na reunião realizada na terça-feira (10).
Conforme apontou o ofício enviado à companhia de eletricidade, foram solicitados relatórios detalhados de manutenção preventiva e corretiva nas redes de distribuição nos últimos dois anos, informações detalhadas que possam dar conta do histórico de interrupções de energia ocorridas nos últimos 24 meses e planos de expansão e melhorias da infraestrutura no município (com o cronograma detalhado de execução).
Além disso, foram requeridos dados estatísticos sobre o atendimento ao consumidor, incluindo o número de reclamações registradas, tempo médio de atendimento e as principais demandas. Os investimentos realizados nos últimos 24 meses também foram alvo de solicitação pela instância, do mesmo modo foi pedido um detalhamento sobre manutenção de postes danificados em vias públicas e procedimentos adotados.
A iniciativa foi de autoria do presidente da CPI, o vereador Pedro Matos (Avante). O ofício, ao qual o Diário do Nordeste teve acesso, salienta ainda que a empresa terá 15 dias, a contar do recebimento, para enviar as informações e documentos solicitados pelos vereadores que compõem a comissão de investigação.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Enel Ceará a fim de obter uma posição sobre o assunto. Em nota, a distribuidora informou que a Casa Legislativa solicitou informações sobre as operações e os serviços prestados na capital cearense. "A empresa reforça que está aberta ao diálogo para os esclarecimentos necessários e vai responder dentro do prazo solicitado", ressaltou.
A CPI da Enel é uma das três estruturas montadas pela Câmara de Fortaleza para apurar situações irregulares no Município. Ela, assim como as demais, foi instalada em junho. As outras duas investigam, respectivamente, as plataformas de transporte por aplicativo ao intermediarem a atividade na cidade e os serviços da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).