Vendas a prazo registram menor crescimento anual para meses de janeiro, diz SPC Brasil

Na comparação anual, o crescimento é o segundo maior observado dos últimos12 meses

Escrito por Redação ,
As vendas a prazo registraram crescimento de 1,81% em janeiro deste ano na comparação com o igual mês do ano passado. A alta é considerada a menor para meses de janeiro, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O crescimento representa ainda o menor crescimento para meses de janeiro de toda a série histórica do SPC Brasil. Nos anos anteriores, as altas haviam sido de 5,07% (2014) e de 3,88% (2013).
 
Na comparação anual, o crescimento é o segundo maior observado dos últimos12 meses, entretanto a recuperação do ritmo de vendas parceladas ainda não pode ser caracterizada como tendência, uma vez que a economia brasileira está em desaceleração.
 
Na comparação com dezembro do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas despencaram 28,85%. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o motivo é o efeito calendário. 
 
"Como dezembro é um mês de forte atividade comercial em razão das festas de final de ano e da injeção de dinheiro na economia, é natural que as vendas apresentem quedas bruscas no mês de janeiro. O inicio de ano é sempre marcado pela diminuição da renda disponível dos trabalhadores, em virtude dos compromissos com impostos e do pagamento de parcelas das compras de Natal. Além disso, o início de 2015 ainda contou com uma forte concentração de aumento nas tarifas de serviços públicos, a exemplo do transporte urbano.", explica.
 
Dificuldade em 2015
 
O crescimento das vendas a prazo no varejo deve ser mais difícil ainda neste ano, segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. "O custo para comprar a prazo aumentou ao mesmo tempo em que o poder de compra do salário dos consumidores está crescendo menos. Desse modo, o apetite do consumidor para contrair novas dívidas está em desaceleração, uma vez que seus gastos e pendências já atingiram o limite do comprometimento da renda", afirma.
 
Depois de fechar 2014 com queda acumulada de 0,3% no volume das vendas a prazo, a expectativa para este ano é de leve expansão positiva de 0,5%, impulsionado, sobretudo, pela recuperação do movimento no segundo semestre deste ano.
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