Tire dúvidas sobre a instalação de energia solar em residências
Até 6 de janeiro de 2023, quem instalar energia solar ficará isento de taxações até 2045. A partir da data, novos clientes serão taxados
Uma das principais apostas do setor de energia dos últimos anos, a geração de energia solar própria segue em expansão no Brasil, mas ainda pode causar dúvidas na população. Afinal, com tantos detalhes referentes à instalação, aos equipamentos, regras da lei e outras questões, é importante explicar os principais pontos para quem está considerando adotar esse modelo.
No país, a geração de energia solar própria já ultrapassa a marca de 1,5 milhão de unidades consumidoras atendidas. Além de ser uma fonte de energia não-poluente, a instalação de um gerador de energia solar tem a vantagem de poder aumentar o conforto ou reduzir a despesa com energia elétrica.
A classe residencial representa o maior mercado desse segmento, com 75% de participação em número de unidades consumidoras atendidas.
Como se dá o passo a passo para o processo de geração de energia solar?
Partindo do básico, a instalação de um gerador de energia solar em uma residência ou empresa, por exemplo, se inicia com a realização de contrato com uma empresa especializada nesse serviço, chamada de integrador. Dessa forma, os especialistas ficam responsáveis por elaborarem um projeto específico para cada espaço, como também cuidam da homologação do gerador de energia junto à distribuidora de energia de cada estado.
O integrador é responsável por realizar o dimensionamento do gerador em relação à quantidade de energia que precisa ser produzida para atender a demanda atual e futura do cliente. Fatores como direção e inclinação do telhado, fator de irradiação solar, área disponível e sombreamento, são levados em conta na hora do dimensionamento.
Todo sistema de geração própria de energia precisa ser aprovado e homologado pelas distribuidoras de energia e esse processo segue trâmites específicos e complexos, algo que o integrador já está habituado a fazer. Após a instalação dos equipamentos e a autorização da distribuidora, o medidor de energia do local é substituído pela distribuidora e o sistema está apto para iniciar a geração de energia. Toda energia gerada e não consumida fica armazenada na forma de créditos e que têm 5 anos de validade.
A geração de energia elétrica por meio dos painéis fotovoltaicos é a mais comum no Brasil, mas existem outras modalidades, como a eólica e a hídrica.
O que é necessário para colocar energia solar em uma residência?
“Praticamente todas as residências já possuem as condições necessárias para a instalação do gerador de energia solar. Estando dentro dos padrões técnicos da distribuidora está apta para a instalação”, explica Mário Viana, Gerente Comercial da empresa SouEnergy.
Um dos critérios é de que a residência tenha uma área de cobertura de telhado suficiente para a instalação dos painéis fotovoltaicos. Além disso, o local também não pode possuir muitas sombras, caso contrário, não haverá luz solar suficiente para a geração de energia.
A partir de quanto uso de energia é indicado que se comece a utilizar energia solar?
Qualquer quantidade de energia justifica a autoprodução de energia, explica Mário Viana.
Caso falte energia, o sistema solar mantém a energia da residência?
Não. Em sistemas conectados às redes das concessionárias, por questões de segurança, em caso de falta de energia o sistema deixa de gerar energia.
Como funcionam os créditos de energia?
Segundo a Resolução Normativa 482/12 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), existe um sistema de compensação de energia a partir do qual toda energia gerada e não utilizada fica armazenada na forma de créditos, que possuem validade de cinco anos e podem ser utilizados para abater o consumo de contas futuras.
Marco da energia solar
A partir de 7 de janeiro de 2023, as regras da energia solar no Brasil serão alteradas. Por conta da lei nº14.300, que instaura o marco legal da micro e mini geração de energia, quem aderir a esse modelo em sua residência ou ambiente comercial começará a pagar uma taxa referente ao uso da rede elétrica.
As porcentagens do imposto partem de 15% em relação à energia produzida e sobem a cada ano até o teto de 90% em 2028. Caso os futuros clientes queiram evitar essa questão, quem realizar a instalação até 6 de janeiro do próximo ano ficará isento das taxas até 2045.
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