Montante investido no Tesouro Direto cresce 8,4% no primeiro semestre de 2020

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas. O número de investidores ativos em junho chegou a 1,07 milhão, aumento de 23,3 mil na comparação com maio

Escrito por Redação ,
Legenda: O tesouro direto é considerado um dos investimentos mais seguros -com menor risco de perdas- por ter garantia do Tesouro
Foto: Fernanda Siebra

O montante investido (chamado estoque de títulos) em Tesouro Direto fechou o primeiro semestre do ano em R$ 61,7 bilhões, 8,4% a mais que o mesmo período de 2019, segundo balanço foi divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Tesouro Nacional.

O volume aplicado nessa modalidade de investimento também teve leve alta em relação a maio, de 1%. Além disso, o número de investidores ativos em junho chegou a 1,07 milhão, aumento de 23,3 mil na comparação com maio.

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, lançado em 2002. Por meio desse programa, o governo capta recursos para financiar a dívida pública e paga juros ao investidor. É considerado um dos investimentos mais seguros -com menor risco de perdas- por ter garantia do Tesouro.

No mês de junho, foram realizadas 405 mil operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, o equivalente a R$ 2,05 bilhões. Os resgates foram de R$ 1,72 bilhão. Com isso, a emissão líquida (descontados os resgates) foi de R$ 330,14 milhões em junho.

Os títulos remunerados por índices de preços têm a maior fatia do estoque, com R$ 30,11 bilhões, 48,7% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 20,42 bilhões (33%), e os títulos pré-fixados, que somaram R$ 11,26 bilhões, com 18,2% do total.

Nas novas aquisições, os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados à taxa Selic (Tesouro Selic), que totalizaram R$ 1,03 bilhão (50% das vendas). Já os títulos remunerados pela inflação somaram R$ 590,9 milhões (28,8%) e os pré-fixados R$ 434,61 milhões (21,2%).

Do total, 67% das aplicações foram de valores abaixo de R$ 1 mil. O valor médio por operação, no entanto, foi de R$ 5.056,28. Segundo o Tesouro, a maior parte das novas de vendas foi de títulos com vencimento entre 1 e 5 anos (55%). As aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 26,8%, enquanto os títulos com vencimento de 5 a 10 anos corresponderam a 18,2% do total.

Com a taxa básica de juros (Selic) na mínima histórica, a 2,25% ao ano, e a inflação acumulada nos últimos 12 meses em 2,13% (junho), investimentos de renda fixa, como Tesouro Direto, ficaram menos atrativos, já que remuneram menos.

Para tentar compensar, o Tesouro Nacional e a B3 -que opera a Bolsa de Valores de São Paulo-anunciaram na semana passada que vão zerar a taxa de custódia do título Tesouro Selic para os R$ 10 mil iniciais aplicados nesse papel. A partir de 1º de agosto, a tarifa atual de 0,25% ao ano cairá para 0% nesses casos.

 

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