Fruticultura no CE poderá crescer 15% com novas rotas no Pecém

Uma das empresas que opera no Cipp, a MSC lançou novos serviços para o Oriente Médio e a região do Mediterrâneo a partir de setembro deste ano. Destinos, porém, ainda não foram confirmados

Escrito por Samuel Quintela , samuel.quintela@diariodonordeste.com.br
Legenda: Parcerias devem oferecer serviços para o Oriente Médio e a região do Mediterrâneo.

O mercado de frutas frescas no Ceará deverá ganhar uma nova oportunidade para se expandir a partir de setembro deste ano, considerando o número de exportações. Isso porque uma das empresas que opera rotas a partir do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, está fechando parcerias para oferecer serviços de novas rotas para o Oriente Médio e a região do Mediterrâneo. A novidade poderá trazer um crescimento de cerca de 15% ao mercado de frutas local no primeiro ano de funcionamento, segundo o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos.

"Essas novas rotas vão nos ajudar a atender parte do leste da Espanha, como as cidades de Barcelona e Valência, e também nos ajudaria a chegar à Itália, além da região do Oriente Médio, então é algo muito positivo", afirmou Barcelos. "É muito cedo ainda, mas dá para pensar em um crescimento de 15% no mercado no Ceará com essas linhas novas", completou.

Contudo, a MSC - empresa global que atua no setor de transporte e logística - junto com uma subsidiária, a Medlog, afirmaram não ter fechado quais serão os portos de destino no Oriente Médio e no Mediterrâneo. Mesmo assim, Barcelos demonstrou otimismo com as novas opções para exportar frutas do mercado cearense. "Quanto mais rotas e opções nós tivermos, melhor será para poder vender os produtos do Estado", disse.

Atualmente, o Grupo MSC já opera quatro rotas a partir do Porto do Pecém, transportando produtos para a Alemanha, o Reino Unido, os Estados Unidos e a Holanda. Esse contato já existente, explicou Barcelos, deverá facilitar o estabelecimento de negócios para as novas rotas.

Estratégico

Segundo Erika Jamas, gerente sênior de reefer da MSC Brasil, a escolha do Porto do Pecém para operar as novas rotas se dá pela localização estratégica do equipamento e a relação de negócios no local.

"(O Porto do Pecém foi escolhido) pela localização das plantas de nossos principais parceiros e por ser um porto em que temos importante relação comercial. Nossa atuação em investimentos na região compreende mais de 17 anos", afirmou Jamas.

Com as novas rotas, a gerente sênior afirma que o volume de frutas frescas transportado a partir do Pecém deverá ter um aumento de pelo menos 30% em relação ao anterior. A empresa já registrou uma alta de 23% na movimentação na comparação entre os anos de 2018 e 2017. "Nosso volume de exportação no Porto de Pecem em 2018 foi próximo à 7.000 Teus", disse Jamas.

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