Ex-presidente da Petrobras afirma que refinaria não precisava de aprovação da ANP

O ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse, na última quinta-feira (12), que  a terraplanagem e remoção de vegetação para a construção das refinarias Premium I (no Maranhão) e II (no Ceará) não precisavam de aceitação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para serem realizadas.  

 

“A interpretação da Petrobras é que o pedido de registro na ANP só poderia acontecer na fase de construção de edificações, esse é o entendimento legal da Petrobras”, disse, em resposta à deputado Eliziane Gama (PPS-MA), que lembrou a declaração da diretora da ANP, Magda Chambriard, dada no último dia 11, que a Petrobras não enviou à autarquia nenhuma solicitação de construção das refinarias. Um dos papéis da ANP é autorizar a construção e a operação de novas refinarias no País.

 

Por sua vez, a Petrobras, em resposta a declaração da diretora-geral da ANP, se manifestou informando à imprensa que "o Plano de Negócios e Gestão 2014-2018 previa para 2015 a solicitação da Petrobras à ANP para construção das refinarias Premium I e Premium II. Ainda que a otimização dos projetos das refinarias Premium I e Premium II tenham alcançado enquadramentos em métricas internacionais, em 22 de janeiro de 2015 a companhia decidiu encerrar ambos os projetos de investimento. Tal decisão foi baseada na ausência de atratividade econômica dos projetos até aquele momento, consideradas as taxas previstas de crescimento dos mercados interno e externo de derivados, bem como a ausência de parceiro econômico para sua implantação, condição que era prevista no Plano de Negócios e Gestão 2014-2018 da companhia".