Estudar e trabalhar fora do Brasil: melhores lugares para fazer intercâmbio

Lugares diferentes, mais baratos e até menos burocráticos são boas opções para adquirir experiência no exterior

Escrito por Camila Marcelo , camila.marcelo@diariodonordeste.com.br
Legenda: Fora aumentar a bagagem cultural, o intercâmbio permite enriquecer o currículo e oferece aquele diferencial almejado na entrevista de emprego

Enquanto alguns querem fincar raízes fora do Brasil, outros desejam apenas vivenciar uma nova experiência de trabalho ou estudo no exterior. Fora aumentar a bagagem cultural, o intercâmbio permite enriquecer o currículo e oferece aquele diferencial almejado na entrevista de emprego -por vezes, uma longa jornada profissional combinada a um leque de cursos e pós-graduações não são suficientes para garantir o emprego desejado no Brasil.

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A categoria mais requisitada nas agências é aquela que associa o estudo ao trabalho. "É porque não precisa ter um perfil específico pra isso. Basta ser maior de 18 anos, ter qualquer nível de inglês, inclusive básico ou iniciante. Nesse tipo de programa as aulas iniciam todas as segundas-feiras, então o estudante pode viajar em qualquer período do ano. É muito flexível", pontua Thaís Sousa, franqueada da IE Intercâmbio Fortaleza.

Irlanda é um dos países menos burocráticos 

De documentos, requisitam passaporte válido, visto (para alguns países), comprovação financeira e documentação da escola. Entre as regiões, a mais cotada é a Irlanda. "É a mais procurada pois é a menos burocrática, o visto é concedido no próprio país", explica Naiana Serra, diretora da CI Intercâmbio.

Com opção de acomodação em casa de família ou residência estudantil, as cidades oferecidas  pela agência no local são Cork, Dublin, Galway e Limerick. O valor à vista, descrito no site, é a partir de R$ 11.207,35. O período recomendado para embarcar nessa jornada é de maio a agosto, época com mais oportunidades de trabalho. 

Ao se matricular em um curso de idiomas acima de 25 semanas, o visto de estudante ganha permissão de trabalho automaticamente por, no máximo, 20h semanais durante as aulas. O inscrito ainda ganha mais 8 semanas para trabalhar por 40 horas semanais durante as férias do país (nos meses de dezembro a janeiro, e de maio a agosto).

Também estão entre os destinos mais visados a Austrália e o Canadá. "A primeira é muito procurada, porém o visto é um pouco mais burocrático, tem que solicitar antes de viajar. Já o segundo, para ter a permissão de trabalho o estudante já deve ter o nível de inglês elevado, pois precisa fazer um college", explica.

Na Austrália, segundo a CI, cursos de inglês acima de 14 semanas e carga horária mínima de 20 horas por semana são elegíveis a permissão de trabalho. Tem ainda a opção de fazer um curso profissionalizante, chamados de VET, na modalidade de estudo. Entre as cidades com programas disponíveis ao intercâmbio estão Sydney, Melbourne e Adelaide. À vista, o preço é a partir de R$ 11.413,96 em casa de família ou residência estudantil. O período mais indicado para viajar é na alta temporada, como no verão, entre dezembro e fevereiro.

Estágio no Canadá

Já no Canadá, há pacotes combinados a cursos profissionalizantes, os quais acima de seis meses dão permissão para trabalhar. Os chamados "Colleges" são as instituições que oferecem os cursos para esse programa. 

Nessa modalidade há duas categorias: com e sem Co-Op, semelhante a um estágio, que pode ser com ou sem remuneração. Para encontrar uma vaga, algumas escolas ajudam nesse processo. Além disso, o estudante poderá trabalhar, no máximo, 20 horas semanais enquanto estuda e 40 horas semanais durante o Co-Op, se tiver escolhido ainda essa opção. 

"A maioria dos clientes tem interesse em trabalhar na sua própria área, porém nem sempre isso é possível. Principalmente se o estudante tiver nível básico ou iniciante. Nesses casos, o subemprego é a  solução. Trabalhos em restaurantes, hotéis, escolas, nas áreas de serviços no geral, atendimento e limpeza", pontua Thaís.

Ásia, Oceania e África também possuem boas opções

Outro destino bastante visado na IE é Nova Zelândia, onde cursos de inglês acima de 14 semanas e carga horária mínima de 20 horas por semana são elegíveis a permissão de trabalho. "É possível estudar e trabalhar também em outros países como Malta, Dubai e África do Sul, porém a procura é menor", completa. 

Entre as motivações para partir em uma nova jornada, uma das mais citadas é enriquecer o currículo. "A insegurança no Brasil também conta muito para casos de estudantes que querem morar fora. Ter uma experiência internacional, conhecer uma nova cultura ou ter um melhor emprego quando voltar ao Brasil também são motivos para os nossos clientes", acrescenta Thaís.

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