Dólar na BM&F cai 0,92% na abertura, a R$ 1,8895

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve a taxa de juros básica norte-americana em 5,25% ao ano como previam os investidores e analistas. O comunicado, grande estrela das atenções do mercado ontem, permitiu diversas interpretações e não definiu rumo único aos negócios. O maior e mais claro efeito do documento até o momento foi a redução das apostas na queda de juro dos EUA ainda este ano, como vinha sendo precificado depois do acirramento da crise envolvendo o setor de crédito de alto risco.

Assim, hoje os negócios voltam a ser afetados pelo noticiário do dia-a-dia no qual o destaque desta manhã é o balanço da Cisco, que puxa os índices futuros das bolsas de Nova York para cima. Internamente, isso soma-se aos bons fundamentos domésticos, o permitiu uma abertura em baixa do dólar à vista na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) a R$ 1,8895 (-0,92%).

BCs
Além da notícia positiva da economia real, os bons ventos de hoje também são alimentados por declarações do Banco da Austrália de que os acontecimentos recentes do mercado de crédito não parecem ter alterado significativamente o cenário global econômico. Ratificando sua análise, o BC australiano elevou a taxa de referência da economia em 0,25 ponto porcentual para 6,5%.

Já o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, afirmou que é impossível, neste estágio, julgar o tamanho e o grau de persistência das atuais condições de aperto do crédito e que o Comitê de Política Monetária (CPM) do BC inglês deve continuar a monitorar a questão com cuidado.