Confiança do consumidor é a menor em seis anos

Preocupações com a situação econômica nacional motivam queda

Escrito por Redação ,

A confiança do consumidor fortalezense em fevereiro é a menor dos seis anos. De acordo com pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), o Índice de Confiança do Consumidor Fortaleza teve forte queda de 10,0% neste mês, passando de 131,0 pontos, em janeiro, para 117,9 pontos atualmente. 

Dois componentes justificam a queda do ICC: o Índice de Situação Presente que reduziu 4,0%, passando de 131,5 para 126,3 pontos, entre janeiro e fevereiro, e o Índice de Expectativas Futuras que caiu 14,0%, atingindo 112,4 pontos.

A pesquisa indica ainda que as variações negativas podem interferir em uma forte queda no potencial de consumo para os próximos meses. “A combinação de medidas restritivas ao consumo, por parte do Governo Federal, com o ambiente econômico atual, marcado pelo baixo crescimento, inflação em alta e tendência de aumento do desemprego, está afetando a percepção do consumidor, colaborando para a queda da confiança com reflexos sobre o potencial de consumo”, justifica o economista Alex Araújo.

Pretensão de compra

A pretensão de compra dos consumidores de Fortaleza também registrou queda em fevereiro, quando passou de 43,8% em janeiro para os 40,5% atuais, resultado em linha com o igual mês do ano passado (40,9%). Entretanto, no ano passado, o Carnaval ocorreu em março, o que proporcionou mais dias úteis para o comércio em fevereiro.

A intenção de compra é maior entre os consumidores do sexo feminino (41,8%), do grupo etário entre 25 e 34 anos (48,4%) e com renda familiar superior a dez salários mínimos (45,2%).  Entre os produtos mais procurados estão: Artigos de vestuário, citados por 19,0% dos entrevistados; Televisores; citados por 17,4% dos entrevistados; Aparelhos de telefonia celular (15,5%); Refrigeradores e freezers (14,4%); Móveis e artigos de decoração (12,3%); e Máquina de lavar roupa (9,9%) e calçados (9,1%). O valor médio das compras é de aproximadamente R$ 297,74. 

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