Como contratar um seguro para celular e não se arrepender depois

Confira dicas para saber quando é válido ou não segurar seu smartphone. Você terá retorno em caso de quebra, furto ou roubo ou algo não é coberto? Saiba mais aqui

Escrito por Daniel Praciano , daniel.nobre@diariodonordeste.com.br
Legenda: Para ter o retorno desejado é preciso alguns cuidados antes de contratar o seguro para celular
Foto: Foto: Divulgação

Imagine a seguinte situação. Você está andando por uma rua e derruba o celular no chão. Em outro cenário, um ladrão te aborda com uma faca e te obriga a entregar o smartphone e a carteira. Em uma terceira suposição, seu carro é arrombado e seu celular é levado, entre outros pertences. Se em todas essas situações você tiver um bom seguro, recuperar o aparelho pode ser uma missão menos onerosa. Pode.

Para ter este retorno é preciso alguns cuidados antes de contratar o seguro para celular. Segundo o Procon de São Paulo, "é dever do fornecedor informar de forma clara quais as condições gerais do contrato (coberturas e exclusões de sinistro). Um exemplo de problema frequente é quando o consumidor se depara com um furto simples e ao acionar o seguro descobre que esta incidência não está coberta, só há cobertura para furto qualificado. Nem sempre o contratante sabe a diferença entre estas modalidades de furto. Por isto o dever de prestar informação clara, precisa e ostensiva como determina o Código de Defesa do Consumidor", informa a página do órgão de defesa do consumidor.

O Procon/SP também alerta o consumidor que, antes de contratar, é importante avaliar se o seguro atende às suas necessidades. Pergunte-se: "Será que preciso de um seguro já que pretendo trocar logo este aparelho?", "Meu aparelho tem valor que justifique um seguro?". Não menos importante é a exigência de uma cópia da proposta ou apólice e das condições gerais. Tudo deve ser lido com muita atenção e ter discriminado: o valor limite de cobertura, as exclusões da cobertura, que devem estar em destaque; condições de cancelamento do contrato; garantias, data de início e término da cobertura e identificação das partes envolvidas.

Com tudo isso contornado e controlado, o consumidor deve ir ao mercado analisar as referências de cada empresa de seguro. Um bom local para checar isso é no próprio site Reclame Aqui ou indo diretamente aos Procons locais como o de Fortaleza ou mesmo o de São Paulo.

Em seguida, é vital uma pesquisa de preços para saber o custo necessário para fazer um seguro de celular. Para saber, na prática, quanto se gasta com seguro para smartphones, a reportagem calculou o preço para seis aparelhos de marcas diferentes. A plataforma verificada foi a corretora online Bem Mais Seguro que trabalha com a seguradora Assurant. As principais coberturas seriam quebra, derramamento de líquido e roubo. Para o Asus Zenfone 5 de 64GB o seguro por mês foi encontrado a R$ 38,36. Já para o Samsung Galaxy S10+ de 128GB o valor pago por mês pelo cliente será de R$ 77,42. Para o Huawei P30 Pro de 256GB o valor encontrado foi R$ 92,44/mês. Para o Apple iPhone XS Max de 64GB o cliente terá que pagar R$ 84,95 ao mês. Para o Motorola Moto Z2 Force 64GB será necessário desembolsar, mensalmente, R$ 65,28. Por fim, para o Xiaomi Mi 9T de 128GB o valor mensal encontrado foi de R$ 63,42.

Furto e roubo

Todas as empresas procuradas cobrem o celular contra roubo e furto. Mas exatamente que tipo de cada um? "É caracterizado roubo quando há a subtração do bem mediante grave ameaça. Já o furto qualificado acontece quando o bem é subtraído sem a presença do dono, mediante arrombamento do local de armazenamento em que hajam vestígios de destruição ou rompimento de algum obstáculo. O segurado que for vítima de qualquer tipo de violência ao sofrer um roubo pode ser indenizado. O uso de ameaça ou outro método de agressão psicológica, bem como agressões sem uso de quaisquer tipos de arma, com o único intuito de levar o smartphone do segurado, configura roubo e, portanto, são indenizáveis", define Marcel Giacon, superintendente de Produtos e Digital da Assurant.

Para a Bidu, plataforma online de recomendação, há uma exclusão no roubo. "Este seguro não garante em qualquer situação os prejuízos consequentes de roubos, extorsão, apropriação indébita, estelionato, praticados contra o patrimônio do segurado por seus ascendentes, descendentes, cônjuge, bem como por quaisquer parentes que com ele residam ou dependam economicamente, e ainda praticados por seus funcionários ou prepostos, arrendatários ou cessionários quer agindo por conta própria ou com terceiros".

E a reposição do aparelho? Como ocorre? "No caso de Roubo e Furto Qualificado de Bens, o seguro garante a reposição do celular por modelos iguais ou similares, limitado ao valor da cobertura contratada. Na impossibilidade de realizar a substituição do item, será pago ao cliente o valor em dinheiro conforme constar no bilhete", explica Luis Reis, diretor de Afinidades da Zurich.

Giacon, da Assurant, reforça que para repor o item ainda é preciso ficar atento para o pagamento da franquia. "Para que a indenização seja efetivada, é necessário o pagamento da franquia, que corresponde a 25% do valor de mercado do aparelho e após a confirmação deste, o cliente receberá seu aparelho novo, ou um modelo superior, em até 10 dias úteis", valores da Assurant.

Como se vê, a contratação tem seus lados positivos e negativos. Cabe a você analisar o que pesa mais.

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