Ceará gera 9,6 mil empregos em junho; maior saldo do ano até o momento

Fortaleza concentra a maior parte das contratações. O setor de serviços está em alta

Escrito por Luana Severo ,
Mão assinando carteira de trabalho.
Legenda: O setor de serviços puxou a maior parte das contratações em junho.
Foto: Shutterstock

O Ceará gerou 9.605 empregos formais no último mês de junho — só Fortaleza concentra 55,2% das contratações. É o maior saldo do ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (28), pelo Ministério da Economia.

O número é, inclusive, maior do que o registrado no mesmo período do ano passado — em junho de 2021, foram 8.466 novos empregos contabilizados.

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Serviços em alta

O dado do Caged considera como "saldo" a diferença entre admissões e desligamentos. Neste junho, de acordo com o sistema de informação do Governo, foram registrados 36.603 desligamentos e 46.208 admissões no Estado. 

O setor de serviços foi o que puxou a maior parte das contratações (5.090), seguido de construção (1.831) e comércio (1.535). Foram contratados mais homens (5.830) do que mulheres (3.775).

Dentro do setor de serviços, a maioria dos cargos ocupados foram de vendedores do comércio em lojas e mercados e de trabalhadores que atuam em serviços administrativos.

Oportunidades para nível médio

Dos novos empregos com carteira assinada no Ceará, 67,8% foram para trabalhadores com o ensino médio completo. Também foram maioria nas contratações adultos "jovens", entre 18 e 24 anos de idade.

Mais demissões

Um dos dois setores que sofreram mais demissões do que contratações em junho, ou seja, que tiveram saldo negativo, foi o de trabalhadores da produção de bens e serviços industriais, que englobam:

  • Produção, captação, tratamento e distribuição de água, energia e utilidades;
  • Fabricação de alimentos, bebida e fumo;
  • Instalações e máquinas de fabricação de celulose e papel;
  • Instalações siderúrgicas e de materiais de construção;
  • Indústrias de processo contínuo e outras.

Nesse setor, foram admitidos 864 empregados e demitidos outros 899, o que provocou um déficit de 35 empregos.

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Comparação com o ano passado

No primeiro semestre do ano passado, segundo o Caged, o Ceará teve um 'boom' de empregos formais em fevereiro, com pouco mais de 10 mil carteiras assinadas naquele mês. No mês seguinte, o Estado enfrentou uma queda de 4,7 mil postos de trabalho e voltou a se recuperar somente em julho.

Neste ano, janeiro foi o pior mês para novos empregos no Estado. Depois daí, paulatinamente, vem se recuperando.

Confira os números de 2022

Janeiro: - 2.606
Fevereiro: 7.730
Março: 2.094
Abril: 5.230
Maio: 6.700
Junho: 9.605

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