Caixa lança linha de crédito para caminhoneiros com juros a partir de 1,99%

Os créditos do programa antecipam custos de frete a caminhoneiros e, de acordo com especialista, deve dar mais autonomia aos profissionais

Escrito por Lívia Carvalho , livia.carvalho@svm.com.br
Legenda: Medida deve beneficiar mais de 1 milhão de pessoas
Foto: Natinho Rodrigues

A Caixa Econômica Federal lançou nesta sexta-feira (4) o Giro Caixa Transportes, uma linha de crédito voltada para caminhoneiros com taxas de juros mais baixas. A modalidade já está disponível para contratação desde 24 de janeiro. 

Os créditos do programa antecipam custos de frete a caminhoneiros autônomos em 120 dias com taxas de juros a partir de 1,99% ao mês. Os benefícios serão depositados diretamente na conta dos caminhoneiros pelo Caixa Tem. 

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"Como esses caminhoneiros não tinham esse dinheiro recebível, tomavam emprestado a mais de 15% ao mês e, quando há uma redução pra 1,99%, há um alívio muito grande pra que possam investir no próprio trabalho", destacou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante cerimônia de lançamento. 

De acordo com Guimarães, a expectativa é que 1,5 milhão de pessoas possam ser beneficiadas com o novo programa. 

Para contratação do Giro Caixa Transporte, as empresas de transporte de cargas devem solicitar a habilitação do limite em qualquer agência do banco, mediante avaliação de crédito. Após a disponibilização do limite, a operacionalização do crédito será realizada digitalmente pelo Gerenciador Financeiro do banco.

Autonomia para caminhoneiros

O presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec),Heitor Studart, aponta que a medida é necessária, uma vez que os profissionais autonômos estão em desvantagem em relação às cooperativas e grandes empresas de transporte de carga. 

"O crédito vai ser um capital de giro para ele. Qualquer frete que faça com contratante, o caminhoneiro recebe ao final e o programa vai dar uma autonomia e liberdade pra ele, pois vai ser como se fosse um frete 'à vista'. Inclusive, podendo concorrer com preços menores de frete e maior agilidade no mercado". 
Heitor Studart
presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiec

 

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