Técnica de enfermagem envolvida em esquema de agiotagem é encontrada morta no DF

Vítima de 35 anos estava sendo procurada há uma semana

Escrito por Redação , pais@svm.com.br
técnica de enfermagem morta no Distrito Federal
Legenda: Danyanne deixa dois filhos, um de 13 e outro de 11 anos
Foto: Reprodução

A técnica de enfermagem que estava desaparecida há uma semana e era envolvida em um esquema de agiotagem foi encontrada morta nesta quarta-feira (3), Brazlândia, no Distrito Federal. O crime de Danyanne da Cunha Januário da Silva, de 35 anos, foi planejado por dois homens que mantinham um dívida com ela de R$ 35 mil. 

Segundo o G1, o achado de cadáver foi confirmado pelo irmão da vítima, Roosevelt Januário da Silva Junior, e pelo delegado da 18ª Delegacia de Polícia, Roney Teixeira Marcelo. A família esteve no Instituto Médico Legal (IML). 

Dois suspeitos do crime, de 24 e 26 anos, foram presos. Um dele ainda não foi identificado. A dupla atuava em um esquema de agiotagem com Danyanne. Os investigadores informaram que ela emprestava o dinheiro e os dois captavam clientes. 

Contudo, um deles começou a inventar empréstimos e a pegar o dinheiro para si mesmo. Até então, a informação era de que a mulher havia sido morta após sair de casa para cobrar uma dívida. A polícia esclareceu que a mulher não chegou a cobrar o valor, mas o suspeito decidiu assassiná-la para não quitar a dívida. 

Os criminosos apontaram que a dívida era de R$ 35 mil. Já os familiares consideram que o valor pode chegar a R$ 80 mil, uma vez que ela anotava todos os empréstimos.

O envolvimento de Danyanne da Cunha com agiotagem foi confirmado pela delegada Valma Milograna, chefe da 29ª DP, no Riacho Fundo I.

"Ela trabalhava com agiotagem. Ela praticava o crime de usura. Eles eram os sócios dela nessa empreitada. E um deles começou a pegar dinheiro com ela como se fosse para terceiros, mas, na verdade, era para ele. Esse valor chegou em uma quantia que ele não conseguiria pagá-la. E por esse motivo, ele resolveu matá-la", explicou a delegada. 

Repasse do dinheiro

Danyanne emprestava o dinheiro com juros de 50% no pagamento. Os homens buscavam pessoas interessadas e ficavam com 60% do valor dos juros. Os 40% restantes eram da técnica de enfermagem. 

À polícia, os comparsas disseram ter receio de que a mulher cometesse alguma retaliação caso o dinheiro não fosse pago. No entanto, as mensagens analisadas pelos investigadores indicam que ela não desconfiava ou tinha feito qualquer cobrança sobre a dívida. 

O crime passou a ser planejado cerca de duas semanas antes do crime. Na ocasião, um dos suspeitos afirmou que queria "dar um fim" na técnica de enfermagem. 

No dia do assassinato, a dupla ligou para ela dizendo que faria o repasse do dinheiro. Um terceiro homem chegou e simulou um assalto. A vítima foi levada à Brazlândia, onde foi morta com um tiro na cabeça. 

 

 

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