Segunda morte por leptospirose é registrada no Rio Grande do Sul
Vítima tinha 33 anos e teria tomado cuidados necessários, como o uso de botas, conforme a família
A segunda morte por leptospirose foi confirmada pelo Governo do Rio Grande do Sul, nesta semana. A vítima, um homem de 33 anos, era residente de Venâncio Aires, uma cidade central do estado.
Conforme a família do homem, ele teve contato com as águas das enchentes, mas tomou cuidados necessários, como o uso de botas. A leptospirose é uma das principais doenças que surgem em casos de inundações.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a Prefeitura de Venâncio declarou também que outras duas pessoas foram contaminadas, mas já se recuperaram. Outros 23 casos estão sendo investigados. Ano passado, a cidade teve 56 notificações da doença, com oito exames positivos, sem registros de mortes.
A vítima de 33 anos foi a segunda morte confirmada por leptospirose, a primeira, foi um homem de 67 anos, residente do município de Travesseiro, no vale do Taquari.
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Leptospirose
O Ministério da Saúde (MS) informa que a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria.
O intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e ocorre normalmente entre 7 e 14 dias após a exposição de risco. Entre os sintomas, estão:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada.
O MS não recomenda o uso de quimioprofilaxia para tratamento da leptospirose quando os casos envolvem exposição populacional em massa por ocasião de desastres naturais como enchentes, como no RS.