Polícia Federal diz que pode suspender emissão de passaportes por falta de verba
Diretor-geral mandou ofício pedindo aporte de R$ 97,5 milhões ao governo para evitar a interrupção do serviço.
A Polícia Federal (PF) informou que existe a possibilidade de ter que suspender a emissão de novos passaportes, devido à falta de orçamento, a partir de 3 de novembro.
A corporação pede um aporte de R$ 97,5 milhões ao governo para evitar a interrupção do serviço, segundo divulgou o jornal O Globo. A informação da possível suspensão foi publicada pela Folha de S. Paulo.
De acordo com as publicações, o diretor-geral Andrei Rodrigues enviou um ofício em que alerta não haver "outra alternativa a não ser a paralisação" da emissão dos documentos no próximo mês.
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O comunicado foi dirigido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e ao Ministério do Planejamento e Orçamento na última terça-feira (21).
O órgão suspendeu o serviço em 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após um aumento no bloqueio do Orçamento.
A PF já empenhou 95% dos recursos disponíveis no orçamento para custear a emissão de passaportes e de controle de tráfego aéreo.
Rodrigues pediu, no ofício, que a suplementação orçamentária seja feita "com a máxima urgência", sob o risco de haver "reflexos negativos" para o governo e para "evitar que a sociedade seja prejudicada".
Em nota, o MJSP afirmou que “está atuando de forma ativa e coordenada para assegurar a continuidade da emissão de passaportes”, e que manem diálogo constate com a equipe econômica do governo. A PF, por sua vez, não se manifestou.