Navio grego é o principal suspeito de ter derramado o óleo que chegou às praias do Nordeste
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (1º) uma operação em conjunto com a Interpol
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (1º) uma operação em conjunto com a Interpol que investiga a origem do óleo derramado no mar que contaminou as praias do Nordeste. Um navio de bandeira grega seria o responsável pelo vazamento que se tornou um desastre ambiental.
De acordo com a investigação, o navio chegou à Venezuela no dia 15 de julho. O derramamento ocorreu entre os dias 28 e 29 de julho, a 700 quilômetros da costa do Brasil.
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São cumpridos dois mandados de busca no Rio de Janeiro, em endereços ligados a contatos de uma empresa grega responsável pelo navio. Os mandados foram expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal/RN, em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.
Investigações
Marinha, Ministério Público Federal, Ibama e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Ceará (UEC) realizaram em conjunto as investigações. A Polícia Federal afirmou que uma empresa privada do ramo de geointeligência também participou dos trabalhos de investigação.
A Polícia Fedral descobriu que depois de atracar na Venezuela, onde ficou por três dias, o navio viajou para Singapura, tendo aportado apenas na África do Sul. A Polícia Federal acredita que o derramamento teria acontecido durante esse translado. As investigações ainda não descobriram o responsável pelo petróleo abastecido na Venezuela.
Foram solicitadas diligências adicionais à Interpol para buscar dados adicionais sobre a embarcação, tripulação e empresa responsável.