Mãe e padrasto que mataram menina de 3 anos em SC pediram corrida por aplicativo para forjar crime
As investigações apontam que a criança foi agredida até a morte
A mãe e o padrasto da menina de 3 anos que foi encontrada morta em uma mata no Vale do Itajaí, Santa Catarina, criaram um plano para despistar a polícia por meio de um sequestro forjado, informou o delegado Filipe Martins em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7). O casal, que foi preso após confessar o assassinato, teria solicitado ainda uma corrida por carro de aplicativo. O crime ocorreu na última segunda-feira (4).
Segundo o delegado, os suspeitos, para sustentar a teoria de sequestro da vítima, chamaram o veículo para que aparecesse na rua e fosse visto pelos vizinhos.
"Criaram uma cena de um veículo cinza, que estaria no local. Ainda na tarde, a Polícia Civil conseguiu localizar esse veículo. Ninguém entrou nele. O veículo fica de cinco a seis minutos no local, e cancela a corrida", disse Filipe Martins.
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"Inicialmente, foi mantida a mesma narrativa contada à imprensa. Quando a gente passa horas interrogando, a gente consegue desconstrui-la. Quando a gente mostra que a polícia tem todos os elementos que comprovam que essas informações não são verdadeiras, eles confessam", completou o delegado.
Criança foi agredida até a morte
As investigações apontam que a menina de 3 anos foi agredida até a morte. O padrasto confessou ter iniciado as agressões "porque queria corrigir a criança". De acordo com o delegado, o corpo de Isabelle de Freitas foi enterrado em uma área de mata fechada, às margens das BR-470, em uma cova cavada pelo próprio padrasto.
O casal teve a prisão temporária decretada na noite de quarta-feira (6). Eles são investigados pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.