Jiboia 'mais rara do mundo' é vista pela primeira vez em Juquiá, no interior de São Paulo

Cobra não é venenosa e pode chegar a 1,80 metro

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 12:40)
montagem de fotos da jiboia-do-ribeira, conhecida como a jiboia 'mais rara do mundo'
Legenda: Jiboia-do-ribeira, conhecida como a jiboia 'mais rara do mundo', foi encontrada no interior de São Paulo
Foto: Reprodução

Uma jiboia-do-ribeira, conhecida como a jiboia 'mais rara do mundo', foi encontrada por um morador em uma estrada de Juquiá, no interior de São Paulo. O caso foi divulgado pelo portal g1.

Esse é o primeiro espécime localizado vivo na cidade de Juquiá. A jiboia da espécie Corallus cropanii está em extinção.

O homem encontrou a cobra em uma estrada rural e achou inicialmente que se tratava de uma jararacuçu, da espécie Bothrops jararacussu. Ele então percebeu que era muito diferente das cobras que costumava ver na região.

A cobra foi registrada em fotos e vídeos pelo morador. O biólogo Jader Rocha foi acionado para apurar o caso pela Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura.

Ele e outros especialistas realizaram uma busca intensa na região e encontraram vestígios e locais que ela poderia ter passado.

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O Instituto Chico Mendes (ICMBio) afirmou que a aparição da jiboia-do-ribeira levanta preocupação em relação ao tráfico de animais. O instituto tenta evitar qualquer tipo de busca predatória da serpente. 

A equipe também realizou um trabalho de educação ambiental para conscientizar os moradores da região.

JIBOIA MAIS RARA DO MUNDO

A jiboia mais rara do mundo está na lista vermelha da união internacional de conservação da natureza. A espécie foi descrita pela primeira vez em 1953, não é venenosa e pode medir até 1,80 metros.

A espécie é endêmica do Vale da Ribeira e se diferencia por coloração amarelada no abdômen e abaixo da boca. Ela tem também pigmentos escuros em outras partes do corpo. 

Jader Rocha afirmou ao g1 que a serpente é extremamente difícil de ser visualizada, pois tem o costume de ficar em cima de árvores. A grande maioria dos espécimes encontrados foram mortos. 

Em 2017, uma jiboia-do-ribeira também foi encontrada por pesquisadores do Museu da Zoologia, USP e Instituto Butantan, após 60 anos de procura.

Outros espécimes também foram encontrados na região de Sete Barras em 2020 e 2022. 

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