Idoso de 100 anos tem plano de saúde com mensalidade de R$ 16,9 mil cancelado por 'falta de elegibilidade', em SP
Empresa alega que pedido para encerramento de contrato foi feito pelos beneficiários
Um idoso de 100 anos, cuja identidade não foi divulgada, foi surpreendido em um consulta médica ao saber que o plano de saúde dele foi cancelado. Ele pagava R$ 16,9 mil de mensalidade pelo benefício e tinha a esposa, de 89 anos, como dependente. O caso aconteceu em Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.
A notícia foi dada após a ida do homem ao Hospital São Luiz. Ele havia ido à unidade para trocar uma sonda urinária. Lá, o idoso foi informado que o contrato havia sido excluído pela SulAmérica Saúde, e teve de realizar o procedimento na rede pública.
De acordo com o Metrópoles, o motivo do cancelamento alegado pela operadora de saúde foi "falta de elegibilidade". A SulAmérica também argumentou que os planos coletivos por adesão são aqueles que oferecem cobertura “à pessoa que mantenha vínculo com entidades de caráter profissional, classista ou setorial”.
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O benefício era resultado de um acordo feito em 2008 entre a empresa e a Federação do Comércio Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), onde o homem centenário trabalhou. Agora, ele move uma ação contra a SulAmérica e a corretora Qualicorp Administradora.
A decisão ainda não foi julgada pela Justiça. Contudo, o idoso conseguiu uma liminar para que o plano de saúde dele seja reativado, por meio de decisão da juíza Paula da Rocha e Silva, da 36ª Vara Cível de São Paulo.
Defesa do idoso alega "má-fé"
Em notal ao portal Uol, a defesa do desconfiou dos motivos que levaram a SulAmérica a cancelar o benefício. Poucos dias antes de descobrir a informação, o idoso havia utilizado o plano normalmente, na busca de conseguir uma consulta médica no mesmo hospital.
Porém, quando foram verificar a "carta de permanência" no site da operadora de saúde, o endereço apontou que o cancelamento se deu "à pedido dos beneficiários". "Isso demonstra a má-fé e a crueldade da medida tomada contra os autores do processo”, pontuou a advogada que representa os casos à Justiça.
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