Homem é preso por vender curso online de estelionato e 'kits do crime' para golpistas

Mais de 10 mil cartões bancários foram clonados apenas no fim de 2024 por meio da chamada “escola do crime”

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(Atualizado às 06:29)
Banucha Gomes é suspeito de operar plataforma ilegal chamada “Brasil Store”
Legenda: Banucha Gomes é suspeito de operar plataforma ilegal chamada “Brasil Store”
Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia de São Paulo prendeu o homem que operava um curso online para estelionatários, o que incluía “kits” voltados para golpes digitais. O esquema conhecido por “escola do crime” foi divulgado nesse domingo (5) pelo Fantástico, da TV Globo.

Conhecido como Banucha Gomes, Paulo César Gomes da Silva Dutra ensinava métodos para os golpistas conseguirem vítimas, vendia dados pessoais, contas bancárias e cartões clonados.

A plataforma ilegal para os cursos era chamada “Brasil Store”. Exclusivo para criminosos, o site comercializava informações sigilosas para os interessados em aplicar golpes digitais. 

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Conforme a investigação, mais de 10 mil cartões bancários foram clonados apenas no fim de 2024 por meio do esquema criminoso. Além disso, a atuação de Banucha atingiu mais de 50 mil pessoas. 

"Ele ensinava quais os nomes, quais as técnicas, quais os nomes dos equipamentos, como deveria ser praticado o crime. Ele tinha uma apostila que dava uma verdadeira aula"
José Luiz Ramos Cavalcante
Diretor do Deinter 5

OPERAÇÃO

Banucha Gomes foi preso em dezembro do ano passado, no município de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, após cerca de um ano e meio de investigação. Drogas e duas armas foram encontradas na casa dele pelos agentes. 

Conforme a apuração da Polícia, o faturamento do “professor” chegava a R$ 1,5 milhão por mês, sendo que ele acumulava no computador um total de 180 mil cartões clonados

Após a operação, os sites de Banucha foram retirados do ar. Agora, a investigação busca identificar e punir os “alunos da escola do crime” que realizam golpes pelo país.

Em nota ao Fantástico, a defesa de Banucha Gomes afirmou que "as acusações são infundadas e superficiais, sendo certo que todos os esclarecimentos serão devidamente prestados no curso da investigação." O posicionamento alega, ainda, que ele "é primário, sem antecedentes criminais e está à disposição da justiça para prestar quaisquer esclarecimentos necessários.

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