Governador de SP veta nome Mamonas Assassinas a estação de trem em Guarulhos
A banda que conquistou o Brasil na década de 1990 foi formada na cidade localizada na região metropolitana de São Paulo
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vetou o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que pretendia acrescentar o nome da banda Mamonas Assassinas à estação CECAP da Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O veto foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (25).
A proposta foi apresentada pelo Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos) e, segundo as justificativas do texto, buscava homenagear a banda de Guarulhos, na região metropolitana de SP.
A banda foi formada em 1995 e era composta por Dinho, Bento Hinoto, Samuel Reoli, Júlio Rasec e Sérgio Reoli. O acidente aéreo que resultou na morte dos cinco integrantes do grupo ocorreu em São Paulo no dia 2 de março de 1996.
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O governador argumenta que a CPTM é uma sociedade de economia mista, regida por normas da Lei das Sociedades por Ações e submetida ao regime jurídico de direito privado.
"A empresa detém autonomia para gerir os bens que integram o seu patrimônio, dentre os quais se incluem suas estações, que não se equiparam a prédios ou repartições públicas", destaca.
Tarcísio ainda detalha que a escolha dos nomes de estações segue regras técnicas e administrativas. Regras essas, que consideram a história e geografia da região, além de pontos de referência importantes para a comunidade e que sejam bem aceitos pelo público.
Polêmicas envolvendo a estação
O texto direcionado aos deputados ainda pontua que a gestão do patrimônio de empresas como a CPTM, incluindo a outorga de denominações, é tema que foge ao domínio da lei "sob pena de afronta ao regime jurídico ao qual está subordinada e aos objetivos que inspiraram sua constituição".
A inauguração da estação, em março de 2018, também foi tratada como ponto determinante, uma vez que o nome da estação já estaria, na avaliação do governador, plenamente consolidado em toda a região.
Além disso, as modificações necessárias na troca de comunicação visual foram apontadas como demanda de alto custo, o que seria "contrária ao interesse público".