Entregador baleado por PM recebe alta após 12 dias internado

Nilton Ramon de Oliveira utilizou as redes sociais para falar sobre a nova etapa da sua recuperação

Escrito por Redação ,
Nilton Ramon de Oliveira utilizou as redes sociais para falar sobre a nova etapa da sua recuperação
Legenda: Nilton Ramon de Oliveira utilizou as redes sociais para falar sobre a nova etapa da sua recuperação
Foto: Reprodução / Redes sociais

O entregador baleado por um policial militar no Rio de Janeiro recebeu alta após 12 dias de internação. A vítima, Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, deixou o Hospital Municipal Salgado Filho, na zona norte da cidade, no sábado (16). As informações são do Uol.

Nilton utilizou as redes sociais para falar sobre a nova etapa da sua recuperação depois de duas cirurgias. O disparo na perna atingiu sua veia femoral, ocasionando grande perda de sangue. Pelo fato da bala ter atravessado a perna dele, o projétil não precisou ser retirado do corpo. 

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"Cicatrizes são como medalhas de honra, símbolos visíveis da coragem que tive ao enfrentar adversidades e seguir em frente", escreveu o entregador na postagem.

RELEMBRE O CASO

entregador foi baleado no Rio de Janeiro, em 4 de março, após um cliente ter se recusado a descer para buscar o pedido na portaria. O caso aconteceu na Zona Oeste da Cidade. 

O autor do disparo foi identificado como sendo o cabo Roy Martins Cavalcanti, que alegou ter atirado em legítima defesa após o entregador ter supostamente tentado pegar a arma dele.

Uma prévia da ocorrência foi registrada na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar como "lesão corporal por perfuração de arma de fogo, em legítima defesa".

FAMÍLIA AMEAÇADA

Luiz Carlos, cunhado de Nilton, relatou ao RJ1, da TV Globo, que a família foi ameaçada e que precisavam de uma medida protetiva. 

"Ontem estávamos na porta do Salgado Filho, e, enquanto minha esposa dava entrevista no hospital, tinha policiais gravando ela, tirando foto, zombando e rindo. Na minha concepção, policiais são pagos para proteger, não coagir, e ela se sentiu coagida", disse. 

O familiar já se reuniu com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em busca por Justiça. 

Em nota ao Uol, a Polícia Militar informou que não foi notificada da intimidação. 

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