Entregador é baleado por PM no RJ após se negar a subir em prédio para entregar lanche
Caso foi registrado na Zona Oeste do Rio. Homem segue internado em estado grave
Um entregador foi baleado no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (4), após um cliente ter se recusado a descer para buscar o pedido na portaria. O caso aconteceu na Zona Oeste da Cidade. O homem atingido, Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, foi internado em estado grave pelo disparo na coxa.
Segundo informações do portal g1, o autor do disparo foi identificado como sendo o cabo Roy Martins Cavalcanti, que alegou ter atirado em legítima defesa após o entregador ter supostamente tentado pegar a arma dele.
Estado de saúde
Um familiar de Nilton afirmou ao portal g1 que o jovem abriu os olhos horas após uma segunda cirurgia, no fim da tarde desta terça. Ele também passou por um procedimento cirúrgico na noite de segunda-feira (4), ainda na emergência. A família informou que o disparo atingiu a veia femoral de Nilton, mas que o projétil não precisou ser retirado porque atravessou a perna do jovem.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde dele ainda é grave.
Detalhes do incidente
Ainda conforme as informações do portal, Roy fez pedido em um estabelecimento no bairro Vila Valqueire, ao qual Nilton foi atender de bicicleta. O problema teria se iniciado quando o policial militar solicitou que o entregador levasse o lanche até a casa, mas o entregador rebateu afirmando que não era obrigado a subir.
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Discussões pelo aplicativo teriam sido iniciadas, mas Nilton acionou o protocolo de devolução do pedido e retornou para a loja. Roy, entretanto, seguiu o homem e os dois iniciaram outra discussão, dessa vez pessoalmente, na Praça Saiqui.
"Tá metendo a mão na cintura por quê?", disse Nilton, que filmou parte da briga. "Tô sendo ameaçado aqui, ó!", disse em outra parte do vídeo. Um colega presente no local afirma que, com a sequência da briga, Roy sacou a arma e atirou em direção ao entregador.
Após atingir Nilton, Roy teria realizado um procedimento de primeiros socorros, mas logo entrou no carro e deixou o local.
Alegação de legítima defesa
Uma prévia da ocorrência foi registrada na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar como "lesão corporal por perfuração de arma de fogo, em legítima defesa".
Roy afirmou em depoimento que, antes de entrar em conflito com Nilton, o homem teria destratado a esposa dele. A ida ao estabelecimento teria como objetivo reaver a entrega.
"Roy, para resguardar sua segurança, diante da atitude agressiva de Nilton, sacou sua arma e verificou se Nilton estaria com algum armamento", teria pontuado o boletim obtido pelo portal g1.
O policial rebateu que outros entregadores teriam inflamado a discussão no local e a arma foi sacada como forma de se defender, já que Nilton teria tentado retirar o armamento dele. Um disparo, então, foi feito na perna esquerda do entregador.
O cabo foi ouvido pela Polícia Civil, mas liberado em seguida. A arma utilizada para efetuar o disparo foi acautelada em um primeiro momento, mas acabou devolvida.
