Enem pode ser adiado? Entenda como a crise do Inep poderá afetar o exame

Até o momento, 37 servidores pediram para deixar os cargos no Inep

Escrito por Diário do Nordeste e Estadão Conteúdo ,
Enem
Legenda: Exoneração coletiva de servidores do Inep coloca em dúvida a realização das provas do Enem
Foto: Divulgação

A menos de duas semanas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a exoneração coletiva de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) coloca em dúvida a realização das provas, já que os cargos ocupados eram diretamente ligados ao certame.

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Segundo informações do G1, a situação está sendo monitorada para garantir a normalidade de execução do Exame, e os pedidos de demissão não afetarão o cronograma - segundo disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em nota.

No entanto, o ex-presidente do órgão, Reynaldo Fernandes, diz ainda não ser possível prever impactos. "Tudo pode acontecer no dia da prova, desde queda de energia até falta de prova em alguma escola, por exemplo. Essas coisas acontecem, e é preciso ter uma equipe de logística lá [no Inep] para resolver isso. E com as recentes demissões, não sabemos como essa equipe está".

A debandada no Inep afeta, principalmente, a Diretoria de Planejamento de Gestão, que abrange duas áreas ligadas diretamente à aplicação da prova e à logística. Na última sexta-feira (5), dois coordenadores pediram para deixar áreas cruciais do Enem.

As provas do Enem estão previstas para os dias 21 e 28 de novembro. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), por sua vez, será aplicado neste domingo (14).

Mais de 30 exonerações

Até o momento, já são 37 os servidores que pediram para deixar os cargos nos últimos dias, expondo uma fragilidade no órgão considerado essencial para a educação do País.

A saída em massa acontece dias após o pedido de exoneração do coordenador-geral de exames para certificação, Eduardo Carvalho, e do coordenador-geral de logística da aplicação, Hélio Junio Rocha Morais.

O atual presidente Danilo Dupas - o quarto em três anos - é acusado pelos funcionários de desmonte do órgão mais importante do MEC, assédio e desconsideração de aspectos técnicos na tomada de decisões.

Conforme o pedido de dispensa encaminhado à diretoria do órgão e assinado pelos servidores, as denúncias feitas em assembleia realizada na última quinta-feira (4) são alguns dos motivos.

A “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep” também é uma das motivações apontada pelos funcionários.
 

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